Depois de dois adiamentos motivados pela pandemia da Covid-19, o Tribunal de Braga inicia, esta semana, o julgamento de dois homens por roubo, sequestro e posse ilegal de arma.
A acusação diz que a vítima foi comprar droga para fumar um charro a um apartamento do Bairro Social de Santa Tecla e acabou roubado e sequestrado pelos dois arguidos.
Conforme “O Vilaverdense” noticiou, o caso ocorreu em Janeiro de 2020. A vítima, de nome José Manuel, pediu a um amigo que lhe indicasse um sítio para adquirir haxixe. Foi ao rés-do-chão do Bloco 3 do Bairro e entrou. Feita a transacção, ao prontificar-se para pagar, exibiu um maço de notas, 700 euros ao todo.
Aí, diz a acusação do Ministério Público, um dos arguidos pegou numa caçadeira com dois canos e apontou-lha, dizendo “estou a ficar tolo!”. Ao que o ameaçado respondeu: “Tira isso, irmão!”. Pedido que não surtiu efeito, já que os dois lhe exigiram a entrega do dinheiro, ao que acedeu por temer pela vida.
MULTIBANCO
De seguida, tiraram-lhe a carteira e um cartão multibanco, obrigando-o a revelar o “pin” de acesso. O outro arguido foi, então, a uma caixa bancária, numa gasolineira da zona, levantou 100 euros e ainda tentou retirar mais 20, mas a conta não teve saldo. Entrou, depois, na loja de conveniência e fez compras de 7,35 euros.
A vítima ficou sequestrada no apartamento, sob ameaça de um martelo e de uma faca. A dupla ainda tentou sacar-lhe um outro cartão multibanco, mas este também não tinha saldo. Mais de 24 horas depois, pelas 04h00 da madrugada do dia seguinte, a vítima conseguiu fugir, por ter concluído que os dois estavam distraídos noutra sala.
Seguiu-se uma rusga da PSP que, além da caçadeira, apreendeu uma pistola modificada. Daí que um deles esteja, também, acusado de posse ilegal de armas.
Os dois arguidos ficaram presos preventivamente, um em Braga e outro em Leiria. A investigação foi da PJ/Braga.