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Festival de teatro dedicado às línguas minoritárias nasce em Barcelos

O Café Concerto do Theatro Gil Vicente, em Barcelos, recebeu este domingo a apresentação do LÍNGUA – Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias, um certame dedicado às línguas da terra, onde o teatro comunitário e amador identitário de uma região ou de uma língua ou dialecto tenha palco.

O que perdemos quando morre uma língua? A resposta a esta pergunta levou a companhia Teatro de Balugas à criação deste festival: a importância do teatro como expressão de resiliência da mesma, porque quando morre uma língua, morre todo um legado outrora transmitido de geração em geração.

Nas palavras da companhia e do Clube UNESCO para a Salvaguarda do Teatro em Línguas Minoritárias, responsáveis pela organização, o festival pretende não só ser uma mostra de teatro, mas também “um ponto de encontro multicultural para a discussão dos desafios e problemáticas que o teatro amador e comunitário apresenta neste contexto”.

O LÍNGUA, que decorre nos dias 10, 11 e 12 de Junho, no Theatro Gil Vicente e Biblioteca Municipal, na cidade de Barcelos, abre com um espectáculo em mirandês, realizado por um grupo de alunos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, um espectáculo em estremenho (da região espanhola da Estremadura) pela companhia De La Burla Teatro e outro em sassarese (da região italiana da Sardenha) pela companhia Paco Mustela. 

Na apresentação, que esteve também a cargo da vereadora da Cultura, Elisa Braga, do programador do teatro, Luís Ferreira, foi avançado que o certame integra, ainda, debates sobre a importância do teatro como expressão para a salvaguarda e a difusão das línguas minoritárias, focando o trabalho das companhias presentes no seu território e a apresentação do contexto cultural de cada uma das línguas desta edição, com a presença de linguistas, académicos e agentes culturais de Portugal, Espanha, Itália e Reino Unido. 

Há também espaço para formação, com a oficina sobre commedia dell’arte ‘Né noi, né gli altri: il corpo, la maschera, la scena’, dirigida por Francesco Facciolli e Scilla Sticchi e a oficina de criação em teatro documental ‘Eu uso termotebe e o meu pai também, dirigida por Ricardo Correia/ Casa da Esquina.

O LÍNGUA conta com o financiamento da Câmara barcelense, Direcção Regional de Cultura do Norte, Fundação INATEL e tem o apoio de várias entidades nacionais e internacionais.

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