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PAN defende realização de estudo sobre estado de conservação da espécie gato-bravo em Portugal

O Pessoas-Animais-Natureza deu entrada de uma iniciativa em que defende a «realização de um estudo nacional a par de um plano para a estado de conservação do gato-bravo em Portugal», espécie essa que poderá estar em «risco de desaparecer no País».

O gato-bravo (Felis silvestris) é uma das espécies «mais ameaçadas existentes em Portugal». Esta espécie está classificada como «Vulnerável», segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005), mas a sua existência em território nacional «pode estar seriamente comprometida», apesar de se encontrar legalmente protegida ao abrigo da Convenção de Berna e pela Diretiva 92/43/EEC.

«Não existem dados concretos sobre o número actual de exemplares existentes em Portugal nem sobre a sua distribuição, apesar dos esforços realizados por algumas organizações não-governamentais (ONG’s) de monitorizar esta espécie e o seu estado de conservação no nosso país. A escassez de conhecimento sobre a situação do gato-bravo em Portugal, bem como o desconhecimento sobre diversos aspetos da biologia da espécie, põem em causa a sua conservação», defende, me nota enviada, a porta-voz e deputada do PAN, Inês de Sousa Real.

Os últimos registos de gato-bravo em Portugal foram obtidos «há mais de 30 anos», sendo que em 2021 uma equipa de fotógrafos de natureza conseguiu registar um exemplar no Parque Natural de Montesinho em Trás-os-Montes.

De acordo com a comunidade científica, «é necessário, por conseguinte, proceder a estudos aprofundados sobre a espécie para perceber quais os factores mais decisivos para o seu declínio, de modo a delinear um plano de conservação com bases sólidas e medidas concretas para a recuperação da espécie», pode ler-se em nota enviada.

«Conforme têm alertado várias ONG’s, o Governo português não tem investido na protecção e conservação da natureza e biodiversidade. É fundamental que se inverta esta rota de desinvestimento, sob pena que não conseguimos travar o declínio vertiginoso da biodiversidade a tempo», remata Inês de Sousa Real.

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