Todos os manuais do 1.º ciclo distribuídos aos alunos vão deixar de ser reutilizados, revelou esta quinta-feira o ministro da Educação, João Costa. Uma medida que a Confederação Nacional de Pais (Confap) aplaude, mas – em declarações ao JN – lamenta não ter sido tomada mais cedo.
Como avança aquele diário, a medida vai constar da proposta de Orçamento do Estado para 2024 que será entregue pelo Governo, em outubro.
Numa entrevista à revista Visão, o ministro revela que o Governo decidiu que se vai deixar de reutilizar os manuais do 1.º ciclo. Muito por causa da análise dos dados «sobre a reutilização» e as «questões que surgiram» com a devolução dos manuais do 3.º ano, no final do ano letivo,
«No próximo ano letivo, já não será preciso entregar estes manuais», garantiu o governante.
A taxa de reutilização dos manuais do 3.º ano até agora apurada é de 24,1%, revelou o Ministério da Educação ao JN. O diário realça ainda que durante a pandemia, os livros do 1.º ciclo não foram devolvidos. Os manuais do 1.º e do 2.º já não eram reutilizados. No final do ano letivo, recorde-se, as escolas souberam que os alunos do 3.º e do 4.º ano teriam de devolver os manuais distribuídos no âmbito do programa de gratuitidade.
No 4.º, como iam ser introduzidos, este ano, novos manuais, também não houve reutilização.
A tutela enviou em agosto às escolas um esclarecimento para que as famílias não fossem penalizadas e tivessem acesso aos vouchers.
A reutilização passa assim a abranger os livros do 5.º ao 12.º ano.
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