LEGISLATIVAS 2024 (Braga)

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Teresa Mota (Livre) reclama 1% do PIB para cultura e garante combate a “interesses económicos”

Teresa Mota, cabeça-de-lista do Livre por Braga, reafirmou em encontro com responsáveis da ASPA, a proposta do partido em aumentar e diversificar o financiamento do sector da cultura, de modo a atingir 1% cento do PIB até final da próxima legislatura.

A candidata apontou a “urgência” de salvaguardar o património cultural através da valorização das profissões de Museologia e Conservação e Restauro, a supressão das “recorrentes lacunas” de pessoal qualificado e do reforço da verba para contratação de técnicos superiores de várias valências.

Teresa Mota, acompanhada pelos candidatos Carlos Fragoso e Marcos Lima, sublinhou ainda a necessidade de monitorização da reestruturação do sector do património de modo “a que este não resulte no agravamento da situação de subfinanciamento e subdimensionamento que lhe são características e de garantir a autonomia dos quadros técnicos e instituições do sector face aos interesses económicos”.

A conversa com Teresa Barbosa, Manuel Sarmento e Rita Barros teve como principal motivo tomas conhecimento das “das principais ameaças ao património edificado actualmente existentes no distrito de Braga, mas também os bons resultados conseguidos por esta associação ao longo dos quarenta anos da sua actividade”.

“FACHADISMO”

A ASPA- Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural destacou como negativo “a situação do hotel de elevada volumetria que está a ser construído na área contígua ao Recolhimento das Convertidas”, que se teme “ter abalado a delicada estrutura deste imóvel classificado, e que contribuiu para a degradação da Zona Especial de Proteção em que se encontra inserido”.

Teresa Mota ficou a saber que “a perda de património arquitectónico e área verde do interior dos quarteirões urbanos é, actualmente, uma das maiores preocupações da ASPA, uma vez que se tem assistido a situações de demolição de edificado com valor arquitectónico, restando somente a fachada – “fachadismo”-, revelando que, neste contexto, os interesses dos privados se sobrepõem invariavelmente ao interesse público”.

O facto da versão final do ‘Regulamento de Salvaguarda do Centro Histórico’, em cuja discussão pública a ASPA participou, não ter sido ainda aprovada, vem “reforçar a preocupação” revelada pela associação.

EXPECTATIVAS

Outras situações que são acompanhadas “com grande expectativa” dizem respeito à concretização do Programa Inter-municipal dos Sacromontes, que depende da concertação entre a Câmara de Braga e de Guimarães, “e da qual se desconhecem novos desenvolvimentos”.

O destino a dar à Quinta dos Peões, sobre qual a ASPA sempre teve “uma posição crítica” no que respeita à venda destes terrenos públicos a privados, defendendo que o local deve ser destinado a um parque público e os compromissos assumidos internacionalmente no âmbito da classificação do Bom Jesus como Paisagem Cultural e que se corre o risco de não estarem a ser cumpridos”, são outras as preocupações.

Já no que respeita “aos sucessos” que a ASPA tem alcançado, os responsáveis da associação destacam os mais recentes, nomeadamente a salvaguarda e valorização do monumento nacional Complexo das Sete Fontes e que pressupõe a construção de um Parque Eco-Monumental e a salvaguarda do Estádio 1.º de Maio enquanto monumento de interesse público”.

ovilaverdense@gmail.com

 

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