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Encontros da Imagem estão de volta a Braga e outras quatro cidades

Mais de 40 exposições de fotógrafos integram a 34.ª edição dos Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, que tem epicentro em Braga e decorrerá também em Barcelos, Guimarães, Porto e Vila Nova de Gaia, de 20 de setembro a 03 de novembro.

As cinco localidades vão receber a programação deste ano, na qual se destacam nomes como Omar Victor Diop, D. M. Terblanche, Augusto Brázio, Amilton Neves e Sofia Yala.

Além das exposições de fotografia, o programa da 34.ª edição agrega ainda projeções, conversas, apresentações de livros, leitura de portefólios e sessões de cinema, estando previsto o fim de semana inaugural para 20 a 22 de setembro, em Braga.

No ano em que se celebra o 50.º aniversário do 25 de Abril, uma parte do programa expositivo do festival propõe uma reflexão sobre a história e interroga o que é o colonialismo atualmente, promovendo o debate em torno do pós-colonialismo e do “pensamento decolonial”, analisando as formas como ainda se manifesta.

A direção artística das exposições que refletem sobre a temática “Legados do Colonialismo” está a cargo de Elina Heikka, historiadora de arte e antiga diretora do Museu Finlandês de Fotografia, em Helsínquia, que selecionou trabalhos como a série de retratos do fotógrafo senegalês Omar Victor Diop, e os arquivos de família da fotógrafa Sofia Yala.

Das mais de 40 exposições programadas, mais de metade passarão por vários pontos do circuito cultural de Braga, como Theatro Circo, Museu Nogueira da Silva, Mosteiro de Tibães, gnration ou Galeria do Paço.

As exposições passam ainda por outros espaços da região, como o Mira Forum e a Leica Gallery (Porto), a Universidade do Minho e o CAAA (Guimarães), o Theatro Gil Vicente (Barcelos) e a Casa da Cultura (em Avintes), entre outros.

À semelhança dos anos anteriores, ao longo deste ano foram lançadas candidaturas para três prémios: ‘Discovery Award’, dedicado a novos artistas, ‘Photobook Award’, para melhor livro de fotografia do ano, e Emergentes-‘Portfolio Reviews Award’, para o melhor portefólio de fotografia, tendo sido foram recebidas mais de 800 candidaturas de artistas oriundos de vários países.

Os seis projetos finalistas para o prémio Discovery Award compõem o programa de exposições desta edição do festival, e os 32 artistas selecionados para o prémio Emergentes vão participar na leitura de portefólios que acontece em Braga, durante o fim de semana inaugural.

Já os mais de 200 livros de fotografia submetidos na ´open call´ do ‘Photobook Award’ integram uma exposição coletiva.

Os vencedores de cada prémio são anunciados no final de setembro, após a avaliação das equipas de júris.

Para além das exposições, o programa do festival – criado em 1987 como plataforma para a divulgação e criação fotográfica, promoção da literacia visual e reflexão sobre o estado mundo – é composto por um ciclo de cinema que decorrerá de setembro a outubro, entre a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e o Theatro Circo.

“Cinema Todo-Mundo: colonialismo e a memória do futuro” é a proposta do Lucky Star – Cineclube de Braga que apresenta filmes como “Ato dos Feitos da Guiné” (1979), do realizador Fernando Matos Silva, ou “Águas do Pastaza” (2022) de Inês T. Alves.

No pequeno auditório do Theatro Circo, são exibidas obras como a mais recente longa-metragem de Miguel Gomes, “Grand Tour” (2024), e “UBU” (2023), de Paulo Abreu, entre outras.

O festival é promovido pela Associação Cultural Encontros da Imagem e conta com o apoio da Direção-geral das Artes, município de Braga e de diversas entidades culturais com as quais tem colaborado e desenvolvido parcerias ao longo dos anos.

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