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Câmara de Braga inaugura novo (e polémico) Pavilhão das Goladas

Depois de ter passado por uma reabilitação integral, o ‘novo’ Pavilhão das Goladas foi inaugurado, este sábado, pela Câmara de Braga, uma obra que foi protagonista de uma longa polémica que opôs os moradores da zona à autarquia.

Um “equipamento do futuro”, adaptado às exigências desportivas actuais e com condições de excelência para a prática do hóquei em patins e da patinagem artística. Foi desta forma que o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, classificou o Pavilhão das Goladas, situado em S. Victor, cujas obras de reabilitação foram inauguradas este sábado.

O investimento municipal de cerca de 1.9 milhões de euros possibilitou a duplicação da capacidade do pavilhão, passando de 430 lugares sentados para 854. O equipamento desportivo passou a contar com mais um piso, onde foi criada uma sala polivalente para a patinagem artística.

Ricardo Rio lembrou que esta requalificação era há muito ambicionada pela comunidade ligada ao hóquei. “Era uma dívida de gratidão que o município e a cidade tinham para com o Hóquei Clube de Braga, pela sua importância do ponto de vista social e desportivo”, referiu o autarca

As novas condições do Pavilhão das Goladas vão permitir estimular a prática desportiva por parte dos mais jovens e, ainda, beneficiar a comunidade escolar do Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga que ali desenvolve as suas actividades desportivas.

“Por tudo isto, este é um investimento muito bem realizado. Todos os investimentos têm as suas dificuldades. Nem toda a gente gosta dos projectos ou suporta os incómodos que a execução de uma obra como esta acarreta. Mas, agradecemos a compreensão de todos e, em especial, ao hóquei que soube lidar com a indisponibilidade do pavilhão nos últimos tempos”, frisou Ricardo.

POLÉMICA

A obra foi contestada por um grupo de moradores, desde logo por causa do abate de 16 árvores ali existentes e consequente ocupação do espaço com betão, arruinando assim “o pouco bem-estar dos locais”.

Os moradores, que chegaram a avançar com uma providência cautelar, esgrimiram ainda um estudo segundo o qual um pavilhão desportivo naquele local “agrava significativamente as condições de segurança contra incêndio, dado o afluxo de espectadores e respectivos veículos, ligeiros e pesados”.

No entanto, o tribunal deu ‘luz verde’ ao avanço da empreitada.

O presidente da Câmara, Ricardo Rio, alegou na altura que intervenção iria implicar a “relocalização de algumas árvores” ali existentes.

Reiterou que se trata de um projecto estratégico para a cidade, para o clube que ali joga (Hóquei Clube de Braga) e para uma escola com mais de 500 alunos.

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