DESTAQUE (Actualização) -

DESTAQUE (Actualização) - -

Centena e meia de coletes cortaram trânsito à saída de Braga para Vila Verde e Amares

Milhares de automobilistas obrigados a levantarem-se mais cedo e a optarem por desvios pelo centro de Braga para chegarem ao seu destino matinal.  E a entrada e saída da Variante do Cávado, que dá acesso a Vila Verde, a Amares, Terras de Bouro, sem esquecer o Alto Minho.

Os coletes amarelos, com um trio de organizadores, acreditavam que viriam a Braga centenas ou mesmo milhares de pessoas das várias cidades e vilas do distrito. Mas ao Nó de Infias acorreram, apenas, cerca de 150 pessoas ou pouco mais. Mas foram para parar o trânsito no nó, um dos principais acessos à cidade, sobretudo para quem vem da zona sudeste do concelho ou chega de Vila Verde, de Amares ou de Ponte de Lima.

Tudo de forma ordeira e pacata e sem grandes confusões ou gritarias. Os habituais mini-engarrafamentos matinais na zona não se deram hoje, e a via era um deserto. O corte estendeu-se à Variante à cidade, que fica logo ao lado, a que vem da saída da auto-estrada A3, Porto-Braga, e passa pelo túnel da estação ferroviária, a principal circular urbana de Braga.

A «manif» dos coletes amarelos não teve, até ao momento, e quatro horas depois do começo do protesto, pelas 6 horas da manhã, uma grande adesão. Nesse capítulo foi quase um fiasco. Trouxe, isso sim, grande perturbação a milhares de automobilistas da região, obrigados a sair de casa mais cedo e a procurar vias alternativas, pelo centro da cidade, nomeadamente o túnel da Avenida da Liberdade,  para poderem chegar ao trabalho, nomeadamente as que se dirigem diariamente para Guimarães, Vila Verde e Barcelos.

A PSP cortou o acesso à zona, e colocou, à distância, dois carros e alguns agentes em vias que para ali confluem, não sendo visível a sua presença junto dos manifestantes. Com o fito de não dar origem a confrontos, que possam exaltar a situação e ser filmados pelas televisões e outros órgãos de imprensa. Há cerca de meia hora mandou retirar cerca de dez viaturas que tinha sido barradas à entrada de Braga, ou que pertenciam a manifestantes ou jornalistas. A via ficou limpa e não chegam carros, dado que a PSP e a GNR os desviam antes de chegarem ao nó.

No local, os únicos veículos cuja passagem foi permitida foi a das ambulâncias, já que o Hospital fica a dois quilómetros do local de concentração. Uma moto ainda tentou passar despercebida mas foi barrada e, na Variante aconteceu o mesmo a um ou outro carro isolado.

Os manifestantes, que vão aumentando com a chegada de retardatários esparsos, não traziam faixas de protesto, ostentando tão só, uma ou outra bandeira nacional. Os organizadores, munidos de megafone, foram prometendo falar à comunicação social, mas acabaram apenas por ler, com aplausos, um comunicado nacional da PSP que dizia que o único corte legal de estrada, e que estava permitido, era precisamente o do nó de Infias. Não gritaram palavras de ordem nem quaisquer outras alusivas ao protesto. E disseram que não falariam.

A situação manteve-se, pois, calma, sem aparato policial, e sem desacatos. Apesar disso, um ou outro transeunte não se conteve e envolveu-se em palavras duras com manifestantes, contra o protesto, mas sem arrufos de maior: “Parece que gostas de pagar 65 cêntimos de impostos na gasolina?”, retorquiu um dos presentes, enquanto soltava uns impropérios próprios do minhoto.

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE