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Autarcas do Cávado alertam para dificuldades na execução do PRR no setor social

A Câmara de Vila Verde recebeu, esta sexta-feira, uma reunião de trabalho entre o Conselho Intermunicipal (CI) do Cávado e a Comissão Nacional de Acompanhamento da aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com a presença dos autarcas do Cávado e do presidente da Comissão Nacional, Pedro Dominguinhos, a reunião teve como objetivo a análise, acompanhamento e aplicação dos fundos PRR na região, nomeadamente montantes comprometidos, aprovados e executados no Cávado.

A ordem de trabalhos iniciou-se com uma apresentação do +residente da CNA do PRR, onde foi desenvolvida uma análise dos investimentos PRR aprovados por concelho, nomeadamente a distribuição e respetivas áreas de intervenção.

“Em setembro de 2024, já tinham sido aprovadas na região do Cávado 9.487 candidaturas, com um valor PRR comprometido/aprovado de 471 milhões. A inovação e capitalização empresarial dominam os investimentos, seguindo-se as qualificações e competências, habitação e respostas sociais”, refere o CI do Cávado em comunicado.

PREOCUPAÇÃO NA ÁREA SOCIAL

No que diz respeito à área social, mais propriamente na execução dos investimentos, os autarcas presentes manifestaram “grande preocupação, uma vez que várias IPSS com projetos aprovados pelo PRR têm reportado diversas dificuldades sentidas para a execução dos mesmos”.

“A conjuntura económica e financeira atual, por via da inflação, alterou em muito os valores para execução dos referidos projetos. Esta realidade pode colocar em causa a execução das operações PRR, mas também a sustentabilidade financeira destas Instituições”, pode ler-se no comunicado do CI do Cávado.

Foi, ainda, mencionado por parte dos autarcas a “necessidade de desburocratização dos processos, porque os processos densos e burocráticos levam a um comprometimento dos prazos de execução dos projetos na região”.

De acordo com Pedro Dominguinhos, está em marcha, para 2025, uma reprogramação do PRR por forma a “otimizar e agilizar a execução destes fundos”.

“O CI reiterou a importância destes investimentos na região, reforçando de que é fundamental um olhar atento para as preocupações que têm vindo a ser sinalizadas, para que a execução destes fundos se torne uma realidade no que diz respeito ao desenvolvimento e crescimento dos territórios”, conclui o comunicado.

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