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Bombeiros Sapadores voltam a manifestar-se pela valorização das carreiras

Centenas de bombeiros sapadores de várias regiões do país estão concentrados em Lisboa para exigir a valorização da carreira, que dizem não ser revista há mais de 20 anos, e o aumento de subsídios como o de risco.

“Estamos aqui a lutar pela carreira, cuja última valorização foi em 2002. Estamos a chegar a um ponto sem retorno. Não pedimos nada do outro mundo, apenas o que é justo”, disse à Lusa Ricardo Ribeiro, do Regimento de Sapadores de Lisboa.

Em 2002, “os bombeiros recebiam o equivalente a dois ou três salários mínimos nacionais e hoje, se retirarmos os subsídios, um bombeiro em início de carreira recebe abaixo do salário mínimo”, disse Ricardo Ribeiro à porta do Campos XXI, onde decorre uma reunião entre os sindicatos e elementos do Governo.

A maioria dos bombeiros está fardado e outros trazem t-shirts pretas onde se lê a frase “sapadores sem luta”.

Além de Lisboa, há bombeiros de várias zonas do país, desde Coimbra, Leiria, Sardoal, Setúbal e Viseu.

“Já que não têm noção…tenham respeito”, é um dos cartazes da manifestação que começou ruidosa com palavras de ordem como “respeito” e “vergonha” e lançamento de petardos.

Pelas 11h30 horas, quando os elementos dos sindicatos saíram da reunião o barulho regressou, com o lançamento de alguns petardos e novamente gritos de “respeito” e “vergonha” pela proposta apresentada pelo Governo.

“Novamente as propostas ficam aquém, mas já há uma melhoria”, anunciou Leonel Mateus, vice-presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Sapadores.

Segundo o sindicalista, o Governo decidiu que a discussão dos suplementos ficará para a próxima reunião, mas “a nível de salários fica muito aquem”.

Para o representante sindical, os aumentos propostos pelo executvo para os próximos dois anos de 40 euros anuais: “é inadmissível”.

O dirigente acrescentou que regressarão à mesa de negociações no dia 3 de dezembro, com a promessa de “não mexer uma vírgula” nas reivindicações.

Os Sapadores Bombeiros estão presentes em 25 cidades do país, com mais de três mil elementos.

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