Joana Mascarenhas é condenada a pena suspensa pelo Tribunal da Relação de Lisboa (TRL). Em 2023, a mesma afirmou, em vídeos publicados nas redes sociais, que mergulha a filha em água fria como forma de lhe parar as birras.
A Lusa avança que, segundo o acórdão, a mulher foi punida pelo Tribunal Local Criminal de Lisboa, em outubro do ano passado, com dois anos e meio de prisão, suspensos na sua execução por três anos, por um crime de violência doméstica.
A arguida, de 36 anos, fica também obrigada a indemnizar a criança no valor de mil euros.
Ficou provado, em julgamento, que a influencer mergulhou a filha, numa primeira ocasião, até ao queixo numa piscina do prédio. Dias depois, fez o mesmo com água fria, no chuveiro de casa, de madrugada, estando a criança com o pijama vestido.
A defesa argumentou que «não há qualquer prova» de que a arguida tenha maltratado a criança e que teria agido conforme um texto que leu na Internet, sobre a água ter propriedades relaxantes. O tribunal rejeitou.
«Não é crível que algum pai ou alguma mãe medianamente cuidadoso/a, empático/a e preocupado/a para com o seu filho acredite que esteja aqui perante algo inócuo, bom ou lícito», apontam, em acórdão de 20 de fevereiro, os juízes desembargadores.
Os magistrados fizeram, ainda assim, três alterações pontuais nos factos provados, ressalvando que nenhuma interfere «de forma significativa» na sentença dada pelo Tribunal Local Criminal de Lisboa.
Está explicitado que «a arguida mantém com a filha uma relação que em geral é de afinidade amorosa e carinhosa». Ainda, ficou provado que se trataram de atos isolados e que a criança não ficou com sequelas do ato de violência.
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