Ainda internado no hospital Gemelli, o Papa Francisco aprovou, este sábado, um conjunto de medidas de três anos relacionadas com a reforma na Igreja Católico. A informação é hoje avançada pela Agência Lusa.
O calendário de encontros vai conduzir a uma assembleia de bispos e leigos no Vaticano a outubro de 2028, dando continuidade ao último “Sínodo da Sinodalidade”.
A notícia é dada este sábado pelo cardeal Mario Grech, secretário-geral da Secretaria-Geral do Sínodo, em carta enviada aos representantes máximos da Igreja.
O Papa aprovou estes encontros a 11 de março, para implementar o Sínodo lançado para o período de 2021 a 2024, com o tema “Por uma igreja sinodal. Comunhão, participação, missão”.
Depois destes anos de trabalho, o documento final «faz parte do magistério ordinário do sucessor de Pedro» e, «como tal, requer ser acolhido». Isso «implica para as igrejas locais e agrupamentos de igrejas o compromisso de pôr em prática» todas as indicações com «discernimento e decisão», diz a carta.
Os instrumentos básicos serão as «equipas sinodais formadas por sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, leigos e leigas, acompanhados pelo seu bispo». Estas devem ser, quando necessário «renovadas, reativadas e integradas adequadamente», aponta o secretário-geral.
Em maio, segundo a carta enviada, será publicado um documento para indicar a implementação e, depois, em 2027, serão conduzidas assembleias de avaliação nas dioceses, paróquias e conferências episcopais.
Já o primeiro e segundo semestre do ano de 2028 serão para assembleias continentais de avaliação e de publicação do ‘Instrumentum laboris’, ou seja, o documento com o método de trabalho, da assembleia eclesial de outubro de 2028.
O Sínodo para reformar a igreja termina com recomendações para os fiéis de mais escuta e acolhimento, mas ainda não garante igualdade às mulheres que pediam, por exemplo, abertura do diaconato.
Com esta ação, o Papa Francisco mostra que não prevê renunciar o cargo. De acordo com as últimas atualizações, a sua saúde é «estável» e o mesmo vai recuperando «pouco a pouco».
O Sumo Pontífice, de 88 anos, está internado desde 14 de fevereiro com uma pneumonia bilateral.
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