O Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga não começou esta sexta-feira o ano lectivo como previsto, por falta de funcionários. Os encarregados de educação estão dispostos a manter a escola fechada “indeterminadamente” até resposta do Ministério.
O presidente da Associação de Pais, Duarte Cunha, avança que a decisão de manter a escola fechada foi tomada numa assembleia geral e que se baseia no facto de estarem apenas “ao serviço” 16 dos 32 funcionários a que o Conservatório teria direito pelos rácios legais, exigindo a contratação de mais seis assistentes operacionais para abrir as portas.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério da Educação esclarece que “haverá reforço de funcionários, tal como já foi indicado à direcção da escola”.
Para os pais, a situação “é lamentável porque é recorrente”. “Já não é o primeiro ano [que tal acontece] (…). Existe uma contínua falta de assistentes operacionais”, disse o responsável da Associação de Pais.
Os pais e encarregados de educação mostraram-se “indignados” com a situação e exigem que o Ministério dê autorização para contratar pelo menos mais seis pessoas. Até essa autorização, afirmam estar dispostos a “manter as portas fechadas indeterminadamente”, apesar dos constrangimentos que isso causa.
“Causa um transtorno enorme e numa escola de referência para o país (…). A escola tem actividades das 07 às 22 horas, de segunda a sábado, tem actividades ao fim-de-semana, com vários edifícios e pisos, é impensável um funcionário conseguir fazer a visualização e segurança dos nossos filhos em três pisos, além da questão da higiene e alimentação”, explica Duarte Cunha.