Uma força militar portuguesa constituída por 170 militares parte em Novembro para o Afeganistão, com a missão de defender o aeroporto internacional de Cabul.
A 4.ª Força Nacional Destacada para o teatro de operações do Afeganistão, onde ficará seis meses a partir do dia 15 de Novembro, recebeu este sábado o Estandarte Nacional, na Batalha, no distrito de Leiria.
A força é composta por 154 militares da Quick Reaction Force e 16 elementos do National Support Element, e tem como missão a protecção e segurança do aeroporto internacional Hamid Karzai, em Cabul, onde fica integrado na Base Force Protection Group.
“O objectivo é ir para o Hamid Karzai International Airport para tomar conta daquilo que são as operações de segurança no aeroporto. Vamos tomar conta daquilo que são os controlos de acesso da linha de voo do Afeganistão, do aeroporto internacional de Cabul, assim como a vigilância para os perímetros de exterior e interior. São operações de segurança na salvaguarda dos militares e civis, mais de seis mil, que estão dentro do aeroporto”, frisou o comandante da 4.ª Força Nacional Destacada, major de cavalaria Gomes Fazenda, após a entrega do Estandarte Nacional, garantindo que o grupo está “preparado para a missão”.
“O risco depende daquilo que são as circunstâncias no Afeganistão. Estamos confiantes e competentes naquilo que fizemos ao longo deste aprontamento e julgo que tudo correrá bem”, realçou Gomes Fazenda, revelando que a força nacional levará, para o teatro de operações, armamento ligeiro, viaturas blindadas e armamento pesado com metralhadoras para “garantir a salvaguarda e as operações”.
José Fonseca, general chefe do Estado-Maior do Exército, deixou elogios às forças destacadas, de um “desempenho eficaz, irrepreensível e exemplar”.
“É uma realidade confirmada pelas mais altas individualidades que com as mesmas interagem, mas é também, e sobretudo, sentida pelas populações, que pressentem e vivem o ambiente de segurança proporcionado”, salientou, considerando esta uma “tarefa essencial para o cumprimento da missão da força da NATO, nesta instável, imprevisível e arriscada região do globo”.
Na 4.ª Força Nacional Destacada segue ainda a primeira mulher com a função de adjunta do comandante: Carla Barbosa, de 45 anos e militar há 27 – integrou, de resto, a primeira corporação feminina que foi para o exército, cumprindo agora a sua primeira missão internacional.
Foto: Força Aérea Portuguesa (Arquivo)