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Protecção Civil alerta para cheias nos rios Cávado e Lima

A Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) alerta para a possibilidade de ocorrência de inundações dada a previsão de agravamento do cenário meteorológico.

As bacias hidrográficas que mais preocupam são a do rio Cávado, que pode trazer inundações em Braga, Amares, Vila Verde, Terras de Bouro e Esposende, e do rio Lima, com possibilidade de inundações em Ponte de Barca e Ponte de Lima.

Inundações em meio urbano por acumulação de água pluvial, inundações por transbordo de linhas de água e inundações em estruturas subterrâneas, nomeadamente, em garagens, são “expectáveis”, diz a ANPC

Também a Divisão Municipal de Braga da Protecção Civil alerta para a possibilidade do rio Cávado galgar as margens devido à chuva que se faz sentir, podendo ocorrer inundações em locais mais vulneráveis a cheias.

O alerta surge na sequência do quadro meteorológico previsto pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que refere que todas as bacias hidrográficas do Norte e Centro “apresentam potencial para subidas significativas de caudal”, em particular a Bacia do rio Cávado, com as barragens da Caniçada (87%) e de Vilarinho das Furnas (83%) apresentarem pouca capacidade de encaixe.

Os valores de precipitação acumulada previstos para os próximos 9 dias (entre 17 e 26 de Dezembro) podem atingir valores de 200-320 mm no Minho e Douro litoral.

“Face à precipitação prevista, não é de excluir a hipótese de serem atingido caudais próximos dos valores de referência para inundações”, alerta a Protecção Civil bracarense.

Recorde-se, que de acordo com a informação disponibilizada pelo IPMA, para as próximas 48 horas, prevê-se um quadro meteorológico de precipitação forte e persistente, vento nas terras altas e no litoral, e agitação marítima forte na costa ocidental.

Para esta quarta-feira, a previsão do IPMA aponta para precipitação forte e persistente, em especial nas regiões Norte, com possibilidade de ocorrência de trovoada. Prevê-se que o vento seja do quadrante Sul, com rajadas até 80 km/h no litoral Norte e até 110 km/h nas terras altas.

Para quinta-feira, o cenário é pior: precipitação forte e persistente; vento sopre forte de sudoeste, com rajadas até 90 km/h, que podem atingir 115 km/h nas terras altas.

PERIGOS

Em função das condições meteorológicas presentes e previstas é expectável:

– Piso rodoviário escorregadio por eventual acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água;
– Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
– Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
– Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
– Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, podendo causar inundações nos locais historicamente mais
vulneráveis;
– Danos em estruturas montadas ou suspensas;
– Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento forte, bem como de afectação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
– Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos,
pela perda da sua consistência.

MEDIDAS PREVENTIVAS

A Divisão Municipal de Protecção Civil recomenda à população que tome as necessárias medidas de prevenção e adeque os seus comportamentos, nomeadamente:

– Adoptar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis
de água e gelo nas vias;
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que
possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no
pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas
suspensas;
– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de
queda de ramos ou árvores, em virtude de vento mais forte.

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