O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre o funcionamento do estacionamento no Hospital de Braga. Em causa está a obrigatoriedade de pagamento por utentes e profissionais e publicitação do espaço direccionada para turistas.
No documento entregue na Assembleia da República, o deputado e a deputada pretendem saber se o Governo “considera aceitável que o parque de estacionamento de um hospital público esteja a ser promovido para utilização por turistas, com a possibilidade de ser preenchido por utilizadores exteriores ao Hospital, impedindo o estacionamento aos utentes”, criticando a informação disponível no sítio da empresa Saba Portugal, que promove o estacionamento a pessoas que estejam de visita à zona norte da cidade de Braga.
Os bloquistas pretendem ainda saber se o Ministério “pretende encontrar soluções gratuitas para estacionamento pelos utentes e profissionais e se, em conjunto com as autoridades municipais de transporte, está disponível para reforçar a oferta de transportes públicos de ligação ao Hospital”.
O BE afirma que “o Hospital de Braga encontra-se fora do perímetro urbano da cidade de Braga e sendo o estabelecimento hospital de referência para a população dos distritos de Braga e Viana do Castelo, a população da maioria dos concelhos é obrigada à utilização do automóvel individual, visto que a rede de transportes públicos nestes distritos é deficitária e os preços dos bilhetes são caros”.
“Apesar de não haver alternativas de estacionamento nas imediações, atendendo ao local remoto onde foi construído o novo Hospital, os profissionais que lá trabalham são obrigados a pagar uma avença de 38 ou 48 euros por mês, para estacionamento exterior ou coberto, respectivamente”, referem os deputados.
“O Bloco de Esquerda entende que os utilizadores do Hospital de Braga, quer utentes quer profissionais, deveriam poder utilizar o estacionamento de forma gratuita, uma vez que as taxas pagas pelos utentes para recorrer àqueles serviços já representam custos muito elevados nos orçamentos familiares”, concluem.