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Bloco questiona Governo sobre paragem da VMER do Hospital de Braga

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre a viatura de emergência médica e reanimação (VMER) do Hospital de Braga, devido à sétima paragem da viatura no mês de Dezembro por ausência de médicos que trabalham no serviço de socorro, como foi noticiado pelo PressMinho/O Vilaverdense.
No documento entregue na Assembleia da República, os deputados afirmam que “há dificuldades em assegurar a totalidade das escalas de serviço”, porque “há vários meses que os médicos que integram este serviço estão em negociações com o Conselho de Administração (CA) do Hospital de Braga, exigindo melhores condições de trabalho e aumento de salário”.

“Estas paragens obrigaram a que, por exemplo, uma emergência em Carreiras Santiago, em Vila Verde, tivesse sido socorrida pelo Suporte Imediato de Vida (SIV) de Ponte de Lima, que não necessita da presença de um médico, obrigando a que esta tenha percorrido 25 quilómetros entre Ponte de Lima e Vila Verde. Numa situação normal, a VMER saindo do Hospital de Braga, faria cerca de 15 quilómetros para chegar ao local e contaria com a presença de um médico e um enfermeiro”, referem os deputados.

Segundo os bloquistas, “os clínicos pretendem manter a paralisação até que o Conselho de Administração do Hospital de Braga aceite negociar o pagamento das horas de trabalho feitas ao serviço da viatura de emergência medica”.

Por isso, os deputados querem saber se o Ministério da Saúde está disposto a instar o CA do Hospital de Braga para que aceite negociar com estes profissionais de forma a desbloquear esta situação e se reconhece a justiça das reivindicações destes profissionais.

“Esta é uma situação lamentável e que pode colocar em risco a vida dos utentes que deste serviço precisam. O Conselho de Administração deve negociar com estes profissionais garantindo que as suas revindicações são atendidas. Só assim é possível garantir uma resposta eficaz e célere à população e defender os interesses destes profissionais que estão, também, na linha da frente no combate à pandemia”, concluem.

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