JUSTIÇA

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Major natural de Vila Verde condenado a cinco anos de prisão no Caso Tancos

O major Roberto Pinto da Costa, natural da freguesia de Parada de Gatim, em Vila Verde, foi condenado a cinco anos de prisão, com pena suspensa, no âmbito do Caso Tancos. O ex-Ministro da Defesa Azeredo Lopes foi absolvido de todos os crimes.

Segundo a decisão proferida esta sexta-feira no Tribunal de Santarém, o major Pinto da Costa foi condenado por favorecimento praticado por funcionário e falsificação de documentos, tendo sido ilibado dos crimes de associação criminosa e tráfico e mediação de armas.

A pena mais pesada foi aplicada ao alegado cabecilha do assalto, João Paulino, condenado a oito anos de prisão efectiva, por o tribunal ter dado como provados os crimes de terrorismo e tráfico de droga.

Hugo Santos foi condenado a sete anos e meio de prisão efectiva (igualmente por terrorismo e tráfico de droga), enquanto João Pais foi condenado a cinco anos de prisão efectiva pelo crime de terrorismo. Estes dois arguidos eram membros do grupo que assaltou os paióis.

O major Vasco Brazão, à data porta-voz da Polícia Judiciária Militar (PJM), foi condenado a cinco anos com pena suspensa, enquanto o coronel Luís Vieira, então director daquela polícia, acabou condenado a quatro anos com pena suspensa. O major Pinto da Costa, igualmente da PJM, também foi condenado a cinco anos com pena suspensa.

Já o sargento Lima Santos, da GNR de Loulé, foi condenado a cinco anos de pena suspensa. Também daquela força de segurança, os militares Bruno Ataíde e Laje de Carvalho foram condenados a três anos de pena suspensa.

O ex-Ministro José Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo na sequência do processo, estava acusado e pronunciado por quatro crimes: denegação de justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder e denegação de justiça. Foi absolvido de todos.

A sessão desta sexta-feira marca o fim de um processo longo e que teve vários episódios caricatos, desde o desaparecimento de armas de uma instalação do Exército até ao aparecimento das mesmas, meses mais tarde, tendo sido encontradas mais armas do que as que tinham sido declaradas como roubadas.

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