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A adolescência e o consumo de substâncias

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Por Patrícia Fernandes
(CPCJ de Vila Verde)

A adolescência é uma fase desenvolvimental caracterizada por diversas mudanças físicas, emocionais e psicossociais. É também um período marcado pela curiosidade e descoberta de novas sensações e experiências, frequentemente associadas ao envolvimento em comportamentos que comprometem a saúde. Destes, o consumo de substâncias como o álcool, tabaco e estupefacientes, é o mais frequente.

Em Portugal, o estudo ECATD-CAD/2019 (Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco, Droga e outros Comportamentos Aditivos e Dependências) demonstrou que 68% de 26.319 alunos inquiridos, entre os 13 e 18 anos, já ingeriu uma bebida alcoólica ao longo da vida; 38% fumaram tabaco; e 15% já consumiram qualquer droga ilícita.

A idade precoce em que estes consumos se iniciam, e as consequências e riscos que estes provocam ao nível da saúde e do desenvolvimento, enfatiza a importância de uma intervenção precoce.

Neste sentido, a família desempenha um papel fundamental na proteção do envolvimento dos filhos nos consumos de substâncias. Por isso, torna-se relevante os pais, junto dos filhos, estabelecerem uma relação centrada na comunicação, encorajamento, negociação de soluções, definição de limites e supervisão. Existem, também, algumas pequenas alterações nos comportamentos dos filhos, as quais os pais podem estar atentos:

(1) Instabilidade emocional: momentos de grande passividade, alternados com momentos de grande agressividade;

(2) Isolamento e secretismo;

(3) Diminuição do interesse e motivação nas atividades;

(4) Quebra de rendimento escolar ou profissional;

(5) Faltas e/ou atrasos frequentes;

(6) Desatenção, dificuldade de concentração, de memória ou de reflexão;

(7) Pedidos insistentes de dinheiro e frequentes desculpas sobre objetos “perdidos” ou “roubados”;

(8) Posse de objetos estranhos, como filtros de cigarros, mortalhas, comprimidos. É necessário ter em atenção que a presença destes comportamentos podem estar associados a outras problemáticas, e não necessariamente ao consumo de substâncias. É preciso compreender em que contextos estes ocorrem.

Esteja atento, e, caso note alguma mudança no comportamento do seu filho, procure conversar com ele abertamente, sem dramatizar, ameaçar, acusar ou culpar. Pode também procurar ajuda através da Linha Vida – SOS Droga (1414) ou na CPCJ.

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