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Academia Portuguesa de Cinema lança manifesto a apelar para que se veja cinema português (c/vídeo)

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A Academia Portuguesa de Cinema (APC) lançou um manifesto em forma de apelo ao público para que, numa altura em que tem de ficar em casa, veja cinema, em especial português. O documento surge após o apelo a Marcelo para que que seja criado um “plano de emergência” para apoiar os profissionais do audiovisual.

Intitulado ‘Temos os nossos filmes, temos as nossas séries, temos as nossas histórias’, o manifesto traduz-se num vídeo, divulgado nas redes sociais, protagonizado por Maria João Bastos e Joaquim de Almeida, ao longo do qual passam imagens dos filmes candidatos aos prémios Sophia 2020.

Ao longo do vídeo, os actores apelam ao público para que fique em casa, assistindo, ainda assim, a cinema, em particular o português.

PLANO DE EMERGÊNCIA

Entretanto, a APC entregou esta semana à Presidência da República, à secretaria de Estado da Cultura e ao ICA- Instituto do Cinema e Audiovisual um documento que sintetiza os resultados de um inquérito enviado aos seus associados, sobre o impacto da pandemia do covid 19 no cinema português.

De acordo com o mesmo a generalidade dos inquiridos confirmou que tinha suspendido as rodagens e cerca de 30 % “não sabe se voltará a rodar”. Por outro lado, 80% dos profissionais confirmaram ter a sua retribuição baseada em recibos verdes (65%) ou similares (15%), não podendo por isso recorrer a nenhum dos apoios definidos pelo Governo, até à data.

Quanto ao regresso à actividade, depois de passada a pandemia, apenas 57% confirma que planeia regressar. Os restantes não sabem se regressam e há mesmo 3% a informar que deixarão de exercer actividade neste sector.

Na audiência concedida pelo Presidente da República ao presidente da APC, na passada segunda feira, Paulo Trancoso manifestou “profunda preocupação quanto ao futuro do sector, caso não sejam acauteladas de imediato medidas de contingência que assegurem a sobrevivência económica individual e financeira das empresas e dos seus colaboradores”.

As medidas propostas pela APC assentam essencialmente em 3 pilares: Definição imediata de um Plano de Emergência que assegure a sobrevivência dos profissionais do cinema e audiovisual, para o qual a se disponibiliza a colaborar; concurso relâmpago com verbas para iniciativas online, e de burocracia mínima; e regresso às rodagens com equipas reduzidas e cuidados sanitários máximos.

“O seu impacto dependerá evidentemente da abertura gradual das salas de espectáculo, salvaguardando os cuidados sanitários necessários”, afirma a Academia.

O sector do cinema e do audiovisual emprega directa e indirectamente mais de 20.000 profissionais, entre actores, realizadores, guionistas, argumentistas, técnicos de luz e som, e muitos outros. Nos últimos anos tem vindo a afirmar-se no plano internacional, sendo já inúmeros os actores e realizadores portugueses com carreiras internacionais de sucesso. É também responsável por divulgar e preservar grande parte do património histórico e cultural do nosso país.

Por isso o presidente da APC considera “indispensável que o governo português acautele de imediato medidas de contingência que assegurem a sobrevivência do sector, mostrando total disponibilidade da Academia para colaborar na gestão da implementação das mesmas”.

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