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Acessibilidades: da apatia dos autarcas ao desinteresse do poder central!

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Autor: Álvaro Santos

Decidi centrar a reflexão naquele que é um dos temas centrais e que tem inibido o desenvolvimento do Concelho e o bem-estar da população: o estrangulamento das acessibilidades em Vila Verde e a má qualidade das estradas municipais.

Esta dura realidade afeta-nos em duas dimensões:

face às enormes potencialidades que tem, o Concelho está sub-aproveitado no seu desenvolvimento económico. São vários os exemplos de investimentos de vulto que são desviados para outros concelhos pelas más condições infraestruturais de Vila Verde;

os cidadãos vivem uma tormenta no seu dia a dia. A maior dor de cabeça é claramente a ausência da variante à sede concelhia, sendo que o mau estado de muitas das estradas municipais é também um problema relevante.

Quanto às vias estruturantes, da responsabilidade do poder central, os casos mais flagrantes são: a falta da variante, a ausência de acessos à A3 e o mau estado da EN101 e da EN205.

Há cerca de duas décadas que temos assistido a uma confrangedora falta de capacidade de reivindicação e de influência junto do poder central.

É difícil alguém explicar-nos por que razão é que Vila Verde é o único concelho ao longo da A3 que não tem uma saída direta ou por que razão é uma das poucas sedes concelhias que não tem uma variante.

O actual governo terá anunciado ao líder do PS local, José Morais, que as obras de requalificação na EN 101 serão uma realidade durante 2019. As últimas décadas têm sido pródigas em promessas, esperemos que desta vez o poder central não falte a Vila Verde.

Quanto à variante, a mesma nem sequer foi incluída no projecto do Programa Nacional de Investimentos para a próxima década, o qual esteve em discussão pública durante vários meses. Se não for incluída no documento final então tornar-se-á cada vez mais uma miragem.

Oiço argumentos que o PSD já esteve no poder e as obras não foram feitas e que, assim, não é expectável que o governo PS seja diligente a resolver um problema de décadas. É verdade que os vários governos do país não nos resolveram os problemas infraestruturais e é verdade que os nossos autarcas, salvo raras excepções, não foram suficientemente firmes nas reivindicações nem suficientemente hábeis na negociação política com Lisboa. Mas todas estas constatações não podem ser inibidoras de exigirmos que os nossos autarcas sejam firmes nesta luta, nem podem desculpabilizar o poder central.

Quanto às estradas municipais estamos perante uma situação insustentável. São vários os exemplos em que a mobilidade é bastante difícil, com prejuízos materiais avultados para os cidadãos, para além da falta de qualidade de vida resultante de tais condições. Importa, pois, que a câmara dê prioridade orçamental às vias de comunicação que são da sua responsabilidade.

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