PAÍS

PAÍS -

Activistas climáticos bloqueiam portas de embarque e pintam átrio e leitores de cartões no Aeroporto de Lisboa

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Activistas do Climáximo avançaram, esta segunda-feira, com uma acção no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde pintaram o átrio de vermelho, bem como os leitores das portas de embarque o que impediu a passagem de passageiros. O objectivo foi protestar contra o novo aeroporto de Lisboa.

Foi também colocada uma faixa onde se lia ‘Novo Aeroporto: Colapso Climático’.

Em comunicado, os activistas salientaram que “existe um consenso generalizado no debate público e entre os partidos que concorrem às eleições que definir a localização do novo aeroporto de Lisboa é uma prioridade máxima da próxima legislatura. Isto só torna clara a hipocrisia total dos partidos que dizem levar a sério a crise climática, mas que continuam 100% comprometidos com novos projectos de morte.”

“Ao fim de 50 anos, a resposta ao debate absurdo sobre a localização do novo aeroporto só pode ser uma: no caixote de lixo da história”, acusaram os jovens.

A polícia deteve três pessoas.

“ACTO DE GUERRA”

De acordo com a rede global Stay Grounded, é necessário um decrescimento em mais de 90% da aviação. Por isso, o Climáximo pretendeu, com esta acção, “denunciar os planos de construção de um novo aeroporto em Lisboa, a expansão deste e/ou a sua deslocação para outro local como um acto de guerra”.

“No ano passado, o aeroporto de Lisboa movimentou 33,6 milhões passageiros, ultrapassando o recorde pré-covid e atingindo um valor quase sete vezes superior ao registado em 1990”, indicou Inês Teles, porta-voz do movimento climático.

“A normalidade do sistema vigente, que não é contestada de forma séria por nenhum partido nestas eleições, projecta um crescimento do número de passageiros, atingindo 85 milhões em 2050. A monstruosidade deste número não deixa lugar a dúvidas: isto é uma declaração de guerra contra a vida e põe de parte qualquer hipótese de cumprimento dos cortes de emissões necessários para parar o colapso, pois a única forma realística de cortar emissões na aviação é reduzir o número de voos.”

“Temos de esquecer a ilusão de que a aviação é uma necessidade básica. Metade das emissões deste sector são produzidas pelos 1% mais ricos do mundo, enquanto 80% nunca voou sequer. O que é básico é defender a vida contra os interesses destrutivos do lucro e transitar do meio de transporte mais desigual que existe para transportes terrestres movidos a energia limpa e acessíveis a todas as pessoas,” concluiu Inês Teles.

Com Executive Digest

 

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.