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António Cerqueira, homem inesquecível em Vila Verde

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Por Salvador de Sousa

Nestes momentos difíceis em que o Ex-Presidente António Cerqueira luta pela recuperação da sua saúde fragilizada de uma forma repentina, o que me constrange a revelar o seu carisma, sendo para todos nós, vilaverdenses, um homem que não podemos esquecer, porque ser grato é uma das nobres virtudes do ser humano. Por isso, quero publicar, novamente, uma minha crónica escrita  em 2002, no Diário do Minho, com as devidas adaptações.

Vila Verde deve muito ao professor António Cerqueira. Como Presidente da Câmara, transformou o concelho e deu à maioria dos vilaverdenses a qualidade de vida que antes não tinha. Temos que “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, frase bíblica repleta de uma essência digna de registo e que, neste caso, devemos transpor o seu significado para tudo aquilo que em Vila Verde se fez.

António Cerqueira foi um grande gestor e que teve sempre a seu lado colaboradores que o ajudaram muito na obra visível que os seus anos de Câmara deixaram transparecer, principalmente os vereadores a tempo inteiro, Bento Morais e Mota Alves, homens que merecem também um grande louvor, pois souberam sempre executar a sua tarefa com dignidade, prestando um relevante serviço ao concelho.

Os funcionários da Câmara, uma grande percentagem admitida no tempo de António Cerqueira, também o ajudaram e continuam a colaborar para o bem de todos os vilaverdenses. Até, neste campo, soube trazer para o município muita gente competente, com qualidade, que, ainda hoje, trabalha e dignifica o concelho. Não quero falar em nomes, mas falo com conhecimento de causa.

António Cerqueira iniciou a sua tarefa com umas instalações ultrapassadas, sem as mínimas condições para se poder trabalhar e a sua principal preocupação foi estruturar os serviços, começando por distribuí-los por diversas secções, arranjando, para isso, as respetivas instalações, dotando-as do essencial para poderem trabalhar mais ativamente, tendo em conta o grande projeto a desenvolver por todo o concelho.

A própria Vila cingia-se, praticamente, ao espaço entre o Hospital da Misericórdia e os antigos Paços do Concelho, onde hoje funciona a Biblioteca Municipal, com a estrada nacional pelo meio e com um espaço envolvente muito deteriorado e onde se fazia a feira quinzenal.

Quem se lembra do concelho em geral?… Vamos avivar a memória e sejamos justos: Quantas pessoas se encontravam isoladas, sem acessos. Quantos doentes, e até cadáveres, eram transportados pelas pessoas em “padiolas” e outros utensílios, que a imaginação do povo concebia, por locais lamacentos, íngremes, pedregosos… ?

Quantas habitações tinham água canalizada? Quais eram as condições dos edifícios escolares? Que espaços culturais e turísticos havia em Vila Verde com a dinamização que hoje têm?

Muitas mais interrogações se poderiam fazer para recordarmos o atraso que o nosso concelho tinha quando António Cerqueira começou a chefiar a Câmara. Este homem deitou mãos à obra e conseguiu feitos inesquecíveis para todos nós.

Ao corrermos o concelho vemos por todo o lado a sua marca: nos caminhos, estradas, água ao domicílio (conseguindo abastecer uma grande parte da população), saneamento, urbanizações, dinamização de espaços culturais (biblioteca, artesanato, escolas, criação de jardins de infância por uma grande parte do concelho…).

A própria Vila, toda ela, está repleta das suas marcas. É de louvar todo o trabalho de continuidade das Câmaras até à atualidade, mas não tenhamos ilusões: o que há ainda hoje ao longo de Vila Verde que não tenha o “carimbo” de António Cerqueira? O concelho continua com pessoal competente e que o faz progredir constantemente, mas nunca se consegue esconder as suas marcas ainda tão visíveis ao longo desta nossa terra. As verbas escasseavam, os apoios eram poucos, mas com uma gestão eficiente conseguiram-se fazer grandes empreendimentos. Quem não se lembra da construção do atual edifício da Câmara? Os presidentes de junta da altura, um era eu, sabem perfeitamente o sacrifício que passaram, pois o Estado não apoiou, mas valeu a pena.

Os munícipes adquiriram uma qualidade de vida com tudo que António Cerqueira e os seus colaboradores empreenderam, sobretudo nas infraestruturas.

Professor António Cerqueira, pode ter a certeza que o não esquecemos e que a grande maioria do povo deste concelho está consigo, grata por tudo o que fez por Vila Verde, por todos os horizontes que rasgou, fazendo desta terra o cantinho da nossa felicidade. Espero que recupere da sua enfermidade que surgiu tão repentinamente, mas, se Deus quiser, ainda o vamos ter junto da família e dos amigos.

Quero enaltecer todo o carinho e apoio que o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde tem prestado nestes momentos difíceis da sua vida.

Obrigado por tudo o que fez por este concelho.

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