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BE acusa Ricardo Rio de regressar ao tempo do “mesquitismo” no “negócio” do novo quartel dos Voluntários de Braga

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A Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda (BE) de Braga acusa a Câmara Municipal de contornar os seus próprios regulamentos no processo de relocalização do quartel dos Bombeiros Voluntários. Os bloquistas afirmam que Ricardo Rio está a ressuscitar o que de “pior existiu” nos tempos do “mesquitismo”.

Reconhecendo a “necessidade premente” de um novo espaço para os Voluntários de Braga possam continuar a desenvolver o seu trabalho de apoio à população, os bloquistas manifestam, em comunicado ao PressMinho, a sua oposição à forma como a autarquia está a gerir o processo de relocalização do quartel.

A posição do Bloco surge após a aprovação em reunião de Câmara de um “novo negócio, defendido por Ricardo Rio e Miguel Bandeira, que pressupõe a entrega de um edifício no Largo Paulo Osório a um grupo privado, a troco de 1 milhão e 500 mil euros de e para a construção de um novo quartel”, proposta que “assenta na criação de um hotel com 36 quartos, quatro pisos acima da cota de soleira e um piso de garagem, ou seja, o dobro da volumetria actual do edifício!”.

“Não podemos é aceitar que a solução passe por contornar os regulamentos que a própria Câmara Municipal de Braga criou, modus operandi constante deste município e que faz ressurgir o que de pior existiu nos tempos idos de ‘mesquitismo’”, refere.

“A Câmara Municipal de Braga tem vindo ao longo dos últimos anos, num processo continuado e de grande prejuízo para todos os munícipes, a fazer tábua rasa dos regulamentos municipais, ignorando aquilo que são as boas práticas no que à conservação do edificado diz respeito e sempre com contrapartidas altamente duvidosas”, acusa a ‘coordenadora’ do BE bracarense.

Os bloquistas relembram as “contrapartidas relativamente ao complexo onde se situa a ex-Piscina Olímpica, cedida pela Câmara de Braga ao SC Braga em 2015, em que se exigia que o clube o revertesse num Pavilhão Multiusos com 800m2 num prazo de 3 anos”, e, como é do conhecimento público, “o ‘esqueleto’ das piscinas continua ao abandono”.

Acusam o município, presidido por Ricardo Rio, de ter “cedido às pressões” do SC Braga e “desistido da possibilidade de usar parte desse pavilhão em troca de uns míseros 400 mil euros e da impossível cobertura do ringue de S. José (S. Vítor)”.

“O contexto que vivemos neste momento é bastante particular e que por isso entendemos que não se adequa a este tipo de investimentos”, diz o Bloco, argumentando que o novo quartel “passa a estar dependente da construção de um hotel por parte de privados”.

“Se eventualmente este negócio não avançar adia-se uma vez mais a possibilidade de uma mudança de instalações por parte dos Bombeiros Voluntários”, alerta.

Referindo que “as soluções não podem ser problemas”, a Coordenadora Concelhia do BE propõe que se regresse à solução anterior: “a instalação do novo quartel dos BVBraga nas antigas instalações dos Bombeiros Sapadores, dotando o edifício de todas as condições para que os BVBraga possam continuar a desempenhar o seu trabalho com todo o empenho e dedicação que se lhes reconhece”.

CONTRAPARTIDAS DUVIDOSAS

O BE mostra-se “estupefacto” com o facto da DRC ter dado parecer favorável, ainda que condicionado a este projecto, “optando assim por dar cobertura aos negócios imobiliários patrocinados” pela autarquia, – “como aconteceu há pouco tempo com o caso do edifício da Confiança” – em vez de se afirmar como “o garante último da protecção do património de Braga”.

“Deixar as opções estratégicas essenciais de uma cidade na eventualidade de negócios com privados, através de contrapartidas duvidosas e recorrendo a argumentos frágeis, é uma decisão irresponsável de quem continua a gerir a coisa pública como se de um mercado se tratasse”, remata o Bloco.

Recorde-se que a proposta de relocalização foi aprovada com a abstenção do PS, argumentando que a zona é “sensível” em termos arqueológicos, pelo que considerou que antes de qualquer parecer deveriam ser feitas sondagens arqueológicas, e da CDU, defendendo que seria “mais adequado” que no local fosse edificado um espaço “público de uso colectivo”.

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