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BE defende linha de financiamento para estudo sobre património industrial do Vale do Ave

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Os deputados do Bloco de Esquerda (BE) eleitos por Braga entregaram, na Assembleia da República, um projecto de resolução com vista à valorização do património industrial do Vale do Ave.

O partido pretende que o Governo solicite à Direcção Geral do Património Cultural (DGPC) um levantamento dos imóveis industriais do Vale do Ave, tendo em vista uma eventual classificação dos mesmos, crie uma linha de financiamento para investigação científica da Fundação para a Ciência e a Tecnologia com o objectivo de “aprofundar o conhecimento científico e académico” sobre aquele património.

José Maria Cardoso e Alexandra Vieira pretendem ainda a elaboração de um novo Roteiro Histórico do Património Industrial do Vale do Ave através do Turismo de Portugal e do Turismo do Porto e Norte de Portugal.

O grupo parlamentar do Bloco refere que “a multiplicação de equipamentos industriais museológicos dependeu em grande parte do poder local”, dando como exemplo a Central Hidroeléctrica de Santa Rita, em Fafe, e o Museu da Indústria Têxtil, em Vila Nova de Famalicão.

“A sua proximidade com a realidade de uma desindustrialização acentuada pressionou, por um lado, a novas soluções para estes equipamentos e, por outro lado, na salvaguarda de uma entidade cultural e territorial moderna e contemporânea”, afirmam.

Para os bloquistas, o crescimento da indústria no Vale do Ave tem características muito particulares, uma vez que “a expansão industrial arquitectónica e geograficamente caracteriza-se por edifícios construídos de raiz, com alguns equipamentos modernos, mecanização e significativa concentração operária”.

“Este património industrial não é, do ponto de vista académica e social, mais uma tipologia de monumento a ser estudado. Ele ganha importância pelo território onde se insere, pela paisagem onde está incorporado, pelas vivências sociais e económicas que despoletou”, salientam.

Os deputados esclarecem que, dada a natureza privada de grande parte do património envolvido, há problemas de acessibilidade, permissão de visita, potencialidades lúdicas e pedagógicas dos sítios e monumentos, pelo que “só uma acção governativa forte e políticas públicas robustas darão uma resposta que corrija estas entropias”.

“O caso do património industrial do Vale do Ave, respeitando o seu historial económico, social e político, necessita de juntar académicos e operários, autarcas e Ministério da Cultura, associações de defesa do património e entidades públicas da área. Só assim, será possível olhar esta realidade do passado com os olhos postos no futuro”, concluem.

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