PAÍS

PAÍS -

BES “é o maior crime de colarinho branco que continua por julgar”, diz Rui Rio

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

O Novo Banco foi o tema principal do debate quinzenal desta quarta-feira, na Assembleia da República. Rui Rio, protagonista da primeira intervenção sobre o tema, afirmou que o banco recebeu, entre 2014 e 2017, ano em que foi vendido, 4,9 mil milhões de euros e que os portugueses pagaram 7 mil milhões só em impostos para o banco.

“Aquando da venda, o Governo comprometeu-se com um plafond de mais 3,9 mil milhões de euros para o caso do Novo Banco descobrir imparidades escondidas, que é como quem diz, para o caso de haver mais calotes descobertos. Neste momento, a factura de impostos apresentada pelos portugueses para o Novo Banco está nos 7 mil milhões de euros, sem que a justiça tenha punido quem quer que seja naquele que é o maior crime de colarinho branco em Portugal”, explicou Rio.

Mário Centeno, o ministro das Finanças, já tinha dito que o Governo tinha de fazer o pagamento, mesmo sem auditoria. Algo que Rui Rio questiona, argumentando que o Estado só tem de pagar o que é devido.

“Depois de 7 mil milhões de euros é bom aferir se é devido. Os portugueses têm uma dúvida: o Governo conferiu a factura que lhe foi apresentada pelo Novo Banco? Há ou não há créditos do Novo Banco vendidos ao desbarato? Há ou não há imparidades empoladas? Como é que os balanços do Novo Banco, vistos e revistos, todos os anos têm novas imparidades? O Governo tem a certeza que não há créditos do Novo Banco vendidos ao desbarato? Tem a certeza que não há imóveis do Novo Banco vendidos a preços de favor? E o Governo sabe a quem estão a ser vendidos estes créditos e imóveis?”, questionou o líder do PSD.

Sentado de lado na bancada do Governo, Mário Centeno ouviu atentamente as explicações de António Costa, que garante que apenas 32% do capital injectado no Novo Banco resulta de empréstimo do Estado.

Segundo o primeiro-ministro, o pagamento dos 850 milhões de euros não só estava contratualizado como foi aprovado pela Assembleia da República. Já as imparidades são responsabilidade do Banco Central Europeu.

“É nesse quadro que o fundo de resolução aceita qual é o montante de injecção de capital a realizar e a parte que corresponde ao Estado emprestar ao fundo de resolução, que foi este ano de 850 milhões de euros”, esclareceu António Costa.

Insatisfeito com a resposta do primeiro-ministro que, na opinião de Rio, não consegue garantir “que não há créditos vendidos ao desbarato”, o líder do PSD perguntou se o Parlamento pode ter acesso à documentação sobre as imparidades do Novo Banco.

“O Governo está disponível para fornecer à Assembleia da República toda a documentação que sustenta as imparidades que o Novo Banco alega e que justificam os 850 milhões de euros que o Estado pagou há 15 dias? A AR pode fazer essa verificação, tal como fizeram aquelas três entidades?”, questionou Rui Rio.

Uma pergunta a que Costa responde com o facto de o Novo Banco não ser público e, por isso, não ser gerido nem supervisionado pelo Estado.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.