O Braga para Todos denuncia, esta segunda-feira, Dia Internacional da Mulher, vários casos de divulgação de “imagens intimas” de mulheres bracarenses, incluindo seus membros, em “grupos de pornografia” na rede social Whatsapp. O movimento político desafia a Câmara a juntar-se a uma campanha de sensibilização contra o crime de divulgação de imagens íntimas.
Em comunicado ao PressMinho/OVilaverdense/OAmarense adianta que no caso dos dois seus elementos femininos que formam “vítimas deste crime e difamadas”, a intenção foi de “as descredibilizar no espaço público”.
“Ambas as mulheres foram alertadas que esse conteúdo estava a ser mencionado e partilhado por pessoas de vários quadrantes da cidade e relacionado ao trabalho público que exercem em prol da cidade”, afirma o movimento, acrescentando que “as pessoas, muitas vezes, não têm discernimento do certo e do errado aliado a uma carência em valores”.
BRAGA MACHISTA
O movimento assegura também que teve acesso ao conteúdo de “grupos de WhatsApp de divulgação de pornografia não consentida e de “conteúdo sensual” que considera “muito grave”.
Avança que seis das vítimas, residentes em Braga, “que “não faziam a menor ideia que as suas fotos de férias estavam a ser divulgadas em grupos de pornografia” foram “já avisadas”.
“Nestes grupos há divulgação de conteúdo privado; e pior há modificação de fotos, ou seja, pegam em fotografias de redes sociais, como o Instagram, e modificam-nas tornando uma fotografia normal em pornografia”, adianta.
Classificando Braga como “uma cidade pequena, conservadora e ainda machista”, em comparação “com Lisboa e com o Porto”, o movimento diz que nesta situação “é visivelmente mais impactante a forma como as vítimas, neste caso oriundas ou residentes na cidade, são massacradas, difamadas, questionadas e importunadas quando são vítimas de roubo de material íntimo, seja por vingança, no contexto de um relacionamento, seja por roubo através de crime informático”.
ALERTA
Considerando que esta situação “desprezável e prejudicial para o exercício da democracia”, o Braga para Todos defende que Câmara “alerte para este crime”.
“Se isto não preocupa a autarquia, o que preocupará para a defesa da igualdade de género e na luta contra o bullying e assédio sexual?” questiona.
O Braga para Todos não dúvida que estes casos são “o retrato de uma parcela dos portugueses”, o que “prova que é preciso educação cívica para a vivência em democracia e para a ética”, ambos os casos de divulgação ilegal de conteúdo das nossas activistas são claramente crimes, ambos com processos judiciais, como tal usá-los para tentar atacar alguém pelas suas ideias é desprezível.”
