VILA VERDE

VILA VERDE -

Câmaras não podem contratar empresas de presidentes de Junta. CDS-PP Vila Verde congratula-se e diz que há muita «promiscuidade» no concelho

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

O CDS-PP de Vila Verde congratulou-se, esta terça-feira, em comunicado, com um recente acórdão de uniformização de jurisprudência do Supremo Tribunal Administrativo, que proíbe as Câmaras de fazer contratos com empresas de presidentes de Junta.

O “Supremo” decidiu uniformizar a jurisprudência, depois de dois acórdãos, um de 2003 e outro de 2019, que tiveram interpretações diferentes face à possibilidade de uma Câmara contratar a empresa de um presidente de Junta.

Em causa está um alegado conflito entre interesses empresariais e o interesse público.

Em comunicado, o CDS-PP de Vila Verde defende que «toda a gente com algum bom-senso e seriedade sabia disto, mas pelos visto o Supremo Tribunal Administrativo teve que vir confirmar o óbvio».

«Finalmente, como se fosse preciso, as autarquias estão impedidas de contratar empresas de presidentes de Junta. Como é óbvio, um presidente de Junta a facturar para a Câmara do seu concelho é “situação de conflito” entre os seus interesses empresariais e o interesse público, mais não seja porque faz parte da assembleia municipal e vota, isto é, podia votar até na aprovação desse “negócio”», refere.

Para a Comissão Política Concelhia, liderada por Paulo Marques, «em Vila Verde a promiscuidade entre o PSD e empresários e empreiteiros políticos, ou políticos empreiteiros é prática corrente e do conhecimento público. Entrega-se o dinheiro de todos a muito poucos, “escolhidos a dedo” pela sua lealdade e “apoio”».

«Fiz umas contas rápidas. Empresas de presidentes de junta do concelho de Vila Verde (algumas agora já têm outros nomes ou outros gerentes, para “tapar os olhos ao povinho”) e cheguei ao número de mais de 5 milhões de euros, só nos últimos 10 anos, grande parte dele em ajustes directos. Para os curiosos é só procurar em http://www.base.gov.pt», diz.

E cita os nomes dos autarcas Carlos Cação (Vade), Vítor Ramos (Turiz), Vítor Mota (Esqueiros, Nevogilde e Travassós), Joaquim Martins (Valbom São Pedro, Valbom São Martinho e Passô) e Carlos Ferraz (Vilarinho, Barros, Sande e Gomide), que, ao que apurámos, actualmente já não terão relação com as referidas empresas.

«Neste assunto, eu faço como S. Tomé, só vendo, é que consigo enumerar uma mão cheia de empresas criadas neste concelho em nome do pai, da mãe, da irmã, irmão, do cão e do gato, para poderem continuar o propósito pelo qual estão na política e na causa pública, que mais não é que beneficiarem pessoalmente, única e exclusivamente», frisa Paulo Marques.

MIRA A JÚLIA FERNANDES

A terminar o comunicado, Marques aponta a Júlia Fernandes, a quem pede «que não insulte a inteligência das pessoas».

«É vereadora há 12 anos e que de repente teve um súbito interesse em tirar fotografias em tudo o que é obra em estradas no concelho. Dizer-lhe que cumpra com as suas obrigações e que visite antes as obras das escolas que estão atrasadas. Que visite os transportes escolares que estão sempre lotados, a escola da Ribeira do Neiva que não tem aquecimento, ou ainda a EB 2,3 em hora de ponta para ver o trânsito», aponta.

«Isto sim, é da sua obrigação e é uma vergonha. Para quem nos últimos anos só soube organizar festas, fazer pose à beira das obras não lhe fica nada bem. É campanha autárquica, não é, Júlia Fernandes, “tapar os olhos ao povinho”», remata.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.