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CDS-PP de Vila Verde volta à carga: «A Ecovia e o “autarca empreiteiro”»

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O CDS-PP de Vila Verde voltou a criticar, esta segunda-feira, a gestão autárquica do Concelho. Em comunicado, os centristas sublinham que «quando se esperava uma clarificação da estratégia para o futuro do Concelho foi com surpresa que se leram as palavras do presidente de Câmara sobre a obra da Ecovia».

«São, mais uma vez, uma série de generalidades, vazias de conteúdo, repetidas há anos e que nada dizem em concreto, próprias de quem não faz a menor ideia para onde quer ir. No fundo, é mandar areia para os olhos das pessoas e esperar que ninguém pergunte nada. É pena!», aponta.

A Comissão Política do CDS-PP, liderada por Paulo Marques, vai mais longe, dizendo mesmo que «António Vilela reflecte uma forma de gestão autárquica que consiste apenas em fazer obras, ir construindo e mostrar grandeza com despesismo desenfreado (José Manuel Fernandes é um bom exemplo disto)».

«É a gestão do tipo “autarca empreiteiro”, constrói tudo e mais alguma coisa, mas não faz a mínima ideia do que lá vai fazer a seguir ou como rentabilizará cada obra em benefício da comunidade. É um tipo de autarca que não gera oportunidades para os seus munícipes nem atrai investimento, não desenvolve efectivamente o Concelho, apenas gasta sem saber para quê, normalmente com uma orientação temporal clara… próximas autárquicas!».

Caso a caso, Paulo Marques vai deixando críticas e questões acerca de algumas das obras que estão na calha no Concelho de Vila Verde.

«Diz António Vilela que a Ecovia visa a “promoção da economia da região”. Perguntamos: Mas na prática o que quer isso dizer? Como é que uma Ecovia de 3.75km vai conseguir a “promoção da economia da região”? Sem um posicionamento e sem uma estratégia que englobe todo o concelho parece-me caro, muito caro. Serão 1.5ME para mais um capricho eleitoral», começa por dizer.

«Também o IEMinho visava a “promoção da economia da região”, era um imenso orgulho e uma mais-valia gigante de inovação e empresas, seria geradora de emprego e negócios para os vilaverdenses. Custou milhões ao município (1.109.000,00€), por um terreno que já compramos, demos e vamos voltar a comprar. Custou também processos judiciais vergonhosos. Perguntamos: Sabe o executivo camarário, pelo menos, quantos empregos criou para os vilaverdenses? O pior é que querem voltar a fazer tudo de novo», atira Paulo Marques.

Outro caso que o centrista dá como exemplo é a Casa do Conhecimento, que, como ironiza, «também visava a “promoção da economia da região”». «Custou 1.76Milhões e quando inaugurado já estava obsoleto e ninguém sabe bem para que serve. Está fechado o ano quase todo. Perguntamos: Afinal que ciência lá é feita? O que ganharam hoje e no futuro os vilaverdenses com este tremendo investimento?».

Também a Adega Cultural merece reparos. «Apesar de décadas de atraso de utilidade indiscutível, também será de “elevado interesse estratégico para o concelho de Vila Verde” e custará 2.7 Milhões. Já há quem reclame indemnizações superiores a 324.000€ e ainda a obra vai no início. Vai tudo acabar num acordo extrajudicial, alguém aposta comigo? Perguntamos: Qual o plano estratégico para a cultura que lá se fará e que justifique o investimento? Como se enquadra no plano de desenvolvimento do Concelho?».

Por último, também o Centro de Investigação, Promoção da Gastronomia e Ciências Gastronómicas é visado. «Também será de elevado interesse estratégico para o Concelho de Vila Verde o Centro de Investigação, Promoção da Gastronomia e Ciências Gastronómicas, num investimento superior a 1,3 milhões de euros. Perguntamos: O que vai trazer a ao concelho, na prática? Empregos? Clientes para os nossos restaurantes? A EPATV não poderia fazer isso? Não se pode aproveitar instalações feitas e sem utilidades no Concelho para isso? É mesmo preciso gastar 1.3ME?», atira.

«São 8.371ME sem um plano de desenvolvimento integrado, sem objetivos mensuráveis e sem avaliação de custos futuros. É obra!, nota Paulo Marques.

«FALTA DE PERSPECTIVAS FUTURAS»

Para o centrista, as consequências do cenário que descreve são evidentes. «Infelizmente, os resultados estão aí, não há que enganar, é estatístico. Envelhecimento da população, abandono do território (principalmente a norte), o sul do Concelho cada vez mais um dormitório de Braga, falta de oportunidades de emprego, falta de investimento empresarial relevante, falta condições de vida para as famílias e, pior, falta de perspectivas futuras».

Em nota final, Paulo Marques lembra um «pedido de esclarecimento do CDS feito ao Dr. Vilela há 2 ou 3 semanas, que, mais uma vez, se recusou a responder. É lamentável a aberração democrática que se tornou Vila Verde, onde o povo não se pode exprimir livremente ou ter uma opinião diferente da do PSD local sem sofrerem consequências, vinganças, onde a cultura de oposição não existe, numa espécie de fascismo moderno, com largos tiques bolcheviques associados. Um totalitarismo próprio de quem incapaz de liderar pelo exemplo que dá, pelo respeito que impõe nos seus actos, pela credibilidade e honradez, pela nobreza do seu carácter. É o que dá as maiorias absolutas. Vila Verde precisa quebrar este ciclo», conclui.

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