Celebra-se hoje, 27 de janeiro, o Dia Internacional do Vinho do Porto. A data, criada em 2012, tem como principal objectivo recordar a necessidade da protecção do Douro como Património Mundial da Humanidade.
O mais icónico vinho do mundo tem origem nas uvas da Região Demarcada do Douro, regressando depois às caves, em Vila Nova de Gaia, onde estagia com temperaturas e humidade adequadas a proteger o seu envelhecimento.
Nos socalcos do Douro está enraizada a tradição de vinhas centenárias, amanhadas arduamente, faça chuva ou faça sol, por gente que herda um modo de vida passado de geração em geração.
Nessas encostas íngremes, onde o solo é composto de xisto, e o frio e o calor são rigorosos, há, em cada patamar, ocupados por videiras (guiadas sobre arames), lições de vida capazes de prenderem o olhar a quem gosta de história.
E é toda essa história, vinda de gente discreta, humilde e trabalhadeira, natural de um lugar único no planeta, que nos chega à mesa, protegida por uma garrafa de vidro, o afamado “Vinho Fino”, o qual o rio Douro “arrasta” com ele até às caves do Vinho do Porto.
Cada cálice de Vinho do Porto traz-nos ao nariz o aroma da região onde é produzido e deixa-nos na boca (por entre notas doces de baunilha, café, chocolate, mel, frutos secos e outras…) o sabor de memórias passadas que ficam entre nós para o futuro.
No Dia Internacional do Vinho do Porto brinde-se, só assim fará sentido, aos lavradores que o têm produzido ao longo de, pelo menos, três séculos e meio.
ovilaverdense@gmail.com
Por Emílio Costa (CO 1179)