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Comissão Política do PS/Braga diz que processo de escolha de Hugo Pires como candidato à Câmara foi «arrogante e prepotente»

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A Comissão Política da Secção de Braga do PS classificou, em carta enviada aos órgãos nacionais do partido, a escolha de Hugo Pires como candidato à Câmara de Braga, como tendo sido tomada de forma “arrogante, unilateral e prepotente”.

O documento, votado por maioria em reunião da Comissão Política da passada segunda-feira, começa por “repudiar” o conteúdo da carta que recebeu de Lisboa a indicar a escolha do deputado, dizendo que, “contém graves incorreções, que deturpam a veracidade de alguns factos e inquinam as conclusões”.

A missiva, dirigida ao Secretário-geral Adjunto e à Secretária Nacional para as Autarquias, refere que, e conforme o Presidente da Concelhia, Artur Feio “teve oportunidade de denunciar na reunião convocada para o passado dia 4, a informação transmitida à representação de Braga sobre a intenção da Direção Nacional de fazer uma sondagem, foi apresentada como mais um instrumento de trabalho e nunca como a peça que determinaria uma decisão, como agora pretendem fazer crer .

A escolha de Hugo Pires deve-se ao facto de, no estudo de opinião, este ter sido o militante com mais notoriedade, entre os quatro nomes sondados.

“Os camaradas que integraram a representação de Braga nessa reunião, ou seja, os presidentes das concelhias do PS, da JS e da Mesa da Assembleia Concelhia, além da Coordenadora Concelhia das Mulheres Socialistas (MS), confirmam o rigor desta informação”, lê-se, ainda, na moção.

E acrescentam. “A narrativa que nos apresentam na citada carta enferma de enorme dose de falácia, o que lhes possibilita retirarem uma conclusão deturpada. Explicando melhor, o desfecho que apresentam é construído a partir de uma habilidade na construção do texto, criada expressamente para tentar suportar o remate pretendido”.

CONVITE A MEMBRO DO GOVERNO

E, prosseguindo, escreve a Comissão Política: “Corresponde inteiramente à verdade o relato da reunião de 28 de Outubro de 2020. Mas também fará todo o sentido lembrar, pela relevância que o facto assume no processo, a informação que nos foi facultada sobre os convites que, à nossa revelia, foram endereçados a algumas personalidades públicas, que os recusaram, de entre eles um membro do Governo. E este dado assume particular significado porque demonstra que a postura de ignorar os órgãos concelhios, apresentando-lhes o facto consumado, é uma tendência cada vez mais recorrente”.

E continuando, diz a carta: “Para a desconstrução da narrativa que nos foi apresentada convirá sequenciar os factos com total rigor. E neste particular, tentar introduzir na reunião de 28 de Outubro regras que seriam aprovadas posteriormente, em 7 de Novembro, configura uma atitude intelectual e politicamente desonesta”. Acresce que, – diz, ainda, o PS local – “mesmo que assim não fosse, um dos critérios aprovados na Comissão Permanente do Partido refere, explicitamente, que “compete às Comissões Políticas Concelhias desencadear e assegurar o cumprimento do processo de designação dos candidatos autárquicos municipais, de acordo com a alínea f) do art.º 25 dos Estatutos.”

PROCESSO NEBULOSO E POSTURA ARROGANTE

E, ainda num tom crítico, acusam: “De todo este nebuloso processo, facilmente se conclui que desde o início prevaleceu a vontade de avocar a designação do candidato à Câmara Municipal de Braga. E, como ficou demonstrado, nem se poderá argumentar que esta conclusão configura, da nossa parte, um processo de intenções. A factualidade dos acontecimentos explica cabalmente a repulsa dos órgãos locais que foram de novo amesquinhados por uma Direção Nacional que não os quis ouvir, optando por uma atitude de incumprimento claro e ostensivo dos Estatutos. Por essa razão, que não é coisa pouca num partido com as tradições democráticas do PS, manifestamos o nosso repúdio e enorme preocupação pela postura arrogante como a Direção Nacional conduziu de forma irregular a avocação da indicação do candidato à Câmara Municipal de Braga. Queremos sublinhar, uma vez mais e com toda a clareza, que o que está em causa é o processo, não o nome do camarada que a Direção Nacional definiu”.

O Vilaverdense não conseguiu, até ao momento, contactar a direção nacional do PS.

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