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Empresa de Guimarães recebe 1,5 milhões do Portugal 2020 e despede 60 operários

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Em resposta ao grupo parlamentar do PCP, o Governo confirma que a empresa Bestitch, de Guimarães, responsável pelo despedimento de 60 dos operários em Agosto, recebeu um milhão e 500 mil euros de fundos europeus, no âmbito do Portugal 2020, onde consta como beneficiária de três projectos.


A Direcção Regional de Braga (DORB) do PCP recorda, em comunicado, que a Bestitch, com sede em Lordelo, avançou em 14 de Agosto passado com o despedimento colectivo de 60 dos seus trabalhadores, e com o subsídio de férias em falta, cujo pagamento foi, entretanto, efectuado.

Na altura, o PCP alertou para a possibilidade que “esta decisão poderia ter como objectivo exclusivo reduzir custos e possivelmente facilitar operações que permitissem ao mesmo proprietário manter a actividade liberto de compromissos com os seus trabalhadores e ainda beneficiar de apoios do erário público”.

Na sequência do anunciou do despedimento colectivo, o grupo parlamentar do PCP apresentou várias questões a diversos ministérios, entre as quais um pedido de informação acerca de eventuais apoios públicos que os proprietários da empresa tivessem recebido.

Na resposta, o Ministério da Presidência confirma agora que, de acordo com os dados relativos a beneficiários de fundos europeus, disponíveis no Portal Mais Transparência, a empresa Bestitch, no âmbito do Portugal 2020, “consta como beneficiária de 3 projectos aprovados no montante global de cerca de 1 milhão e 500 mil euros”.

“Esta “é uma de muitas situações que confirma que perante a cumplicidade do Governo do PS, de PSD, Chega, IL e CDS, se criam pretextos para continuar a atropelar os direitos dos trabalhadores ao mesmo tempo que os dinheiros públicos são aproveitados para aumentar os lucros”, afirmam os comunistas.

Trata-se, acrescentam, de “uma situação que ilustra bem o aproveitamento interesseiro que o patronato faz de certos elementos de conjuntura para justificar despedimentos e outras opções dessa natureza”,

A DORB do PCP, conclui o comunicado, reclamando que “o Governo assuma as suas responsabilidades e concretize uma política que defenda os direitos dos trabalhadores e o trabalho com direitos e salários dignos”.

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