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«Era e é um dos nossos maiores vilaverdenses»

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O Salão Nobre dos Paços do Concelho de Vila Verde acolheu na noite desta sexta-feira a apresentação da 17ª edição do Boletim Cultural, que desta feita se dedica, integralmente, a prestar homenagem póstuma a João Lobo. No decorrer da sessão, que contou com “casa cheia”, a presidente de Câmara Municipal, Júlia Fernandes, destacou que João Lobo «era e é um dos nossos maiores vilaverdenses».

Sob a coordenação de Aurélio de Oliveira, a presente edição do Boletim Cultural de Vila Verde integra uma galeria de imagens, poemas e discursos proferidos em actos públicos e um artigo que havia sido escrito por João Lobo para esta publicação, assim como textos e contributos de personalidades de diferentes áreas e sectores de actividade, dando expressão ao importante legado que representa a vida e obra do homenageado.

Após a abertura da sessão – pela voz do coordenador do Boletim, Aurélio de Oliveira – usaram da palavra Fernando Negrão, jurista, deputado e amigo de João Lobo, o filho do homenageado, João Lobo, e ainda Júlia Fernandes, presidente de Câmara Municipal de Vila Verde.

«SE HOUVESSE MAIS PESSOAS COMO O DR. JOÃO LOBO VIVERÍAMOS NUM MUNDO MELHOR»

No uso da palavra, Fernando Negrão partilhou várias histórias surgidas pela amizade que travava com João Lobo, enaltecendo a sua «simpatia» e «generosidade».

«É a primeira vez que vejo um boletim dedicado somente a uma pessoa. É inédito e a prova do respeito que tinham por alguém desta terra e pelas suas gentes, as quais amava», apontou Fernando Negrão, acrescentando: «Era um bom homem, uma pessoa em quem se podia confiar e pronta a ajudar. Cultivava-se e aprendia para poder dar aos outros. Se houvesse mais homens como o Dr. João Lobo nós viveríamos num mundo melhor».

«ENSINOU-ME QUE É NO FUNDO DE UM OLHAR, NA VOZ QUE SE OUVE, NA INQUIETUDE DE UM GESTO, ONDE VERDADEIRAMENTE SE CUMPRE A SINGULAR TOTALIDADE DA PESSOA»

Também João Lobo, filho do homenageado, subiu ao púlpito para deixar algumas palavras de agradecimento e partilhar memórias e ensinamentos que adquiriu com o seu pai.

«Um dia perguntei-lhe: Pai, qual a característica mais importante numa pessoa? Será o conhecimento, a inteligência, a esperteza? Respondeu-me: “Bom senso”. Em boa verdade, pensando com os meus botões, sempre me senti profundamente impressionado, embora nunca lhe tenha pessoalmente reconhecido a sua bondade e a atenção considerante plena de sabedoria com que se detém a condição do semelhante», disse.

«Ensinou-me que é no fundo de um olhar, na voz que se ouve, na inquietude de um gesto, onde verdadeiramente se cumpre a singular totalidade da pessoa», partilhou João Lobo.

«PERPETUAR O LEGADO E TER SEMPRE PRESENTE TUDO AQUILO QUE FEZ, DEIXOU E GENEROSAMENTE PARTILHOU»

No encerramento da sessão, a presidente de Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, começou por destacar que o mais recente Boletim Cultural surge fruto de um «trabalho excepcional».

«Este boletim, com mais de 300 páginas, é integralmente dedicado ao Dr. João Lobo. Foi um trabalho incansável de dedicação, esforço e insistência. Em cada testemunho e depoimento está uma faceta do homem, do advogado, escritor e político, com uma versão e um contacto diferente de pessoa para pessoa. Daí a riqueza, diversidade e o quão multifacetados são os testemunho que este Boletim nos deixa», vincou a autarca.

Sobre João Lobo, Júlia Fernandes apontou tratar-se de um «exemplo de generosidade».

«Todos nós apreciamos e constatámos essa generosidade. O amor à terra, à família, a Vila Verde, a Santa Maria de Mós, às raizes e à Natureza. A sua cultura, sabedoria e competência, que não se encontram com facilidade. Deixa-nos uma obra impressionante», frisou a autarca, prosseguindo: «Era e é um dos nossos maiores vilaverdenses e é assim que o vamos tratar sempre. É essa a nossa grande missão. Perpetuar esse legado e ter sempre presente tudo aquilo que fez, deixou e generosamente partilhou».

A sessão contou ainda com um momento musical protagonizado por um coro de alunos do 5º ano, uma actuação de canto pela voz de duas alunas da Academia de Música de Vila Verde e uma leitura encenada, por elementos do Grupo de Teatro “VerdEmCena”, da Escola Secundária.

JOÃO LOBO

João Lobo foi advogado, professor, escritor, deputado à Assembleia da República e presidente da Assembleia Municipal de Vila Verde, tendo falecido a 17 de Dezembro de 2021, momentos depois de ter participado na apresentação da anterior edição do Boletim Cultural de Vila Verde, o seu último acto público.

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