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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (48). Os lugares e as pessoas são as verdadeiras fontes da verdade. A destruição da Capela das Aparições

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Nossa Senhora, segundo o testemunho dos videntes, pediu que se erigisse, no local das aparições, uma capela. Um grupo de crentes não esperou que a Autoridade Eclesiástica o fizesse, mandando construir um pequeno oratório denominado capela das aparições que foi o único monumento religioso, durante bastante tempo, na Cova da Iria. Outros símbolos a precederam, como, por exemplo, o arco rústico que marcava o local do encontro de Nossa Senhora com os pastorinhos, mas, como já referimos, foi roubado.

O desespero era enorme e o ódio agudizava-se cada vez mais ao presenciarem um aumento colossal de fiéis, crentes de tudo o que Fátima estava a revelar a Portugal e ao mundo, um fenómeno transcendente que arruinava a mente dos inimigos da fé e, como tal, na noite de 5 para 6 de março de 1922 perpetraram mais um ato diabólico, fazendo rebentar quatro bombas de dinamite que destruíram as paredes e incendiaram o madeiramento da ermida. Uma quinta bomba posta junto da azinheira, onde apareceu Nossa Senhora, não rebentou. Cada um pense o que quiser, mas dá para refletir: a imagem de Nossa Senhora, que era venerada já na altura, tinha sido retirada, na véspera, por motivos de humidade no interior da capela o que, com certeza, enraiveceu os que de Santarém e de Vila Nova de Ourém provocaram o tresloucado ato.

As autoridades – o Ministro do Interior e Governador Civil – simularam uma investigação, fingindo, com certeza, que estavam interessados em descobrir e castigar os autores, mas tudo ficou nas “asas do vento”.

O povo crente, à medida que a notícia se ia espalhando, visitava a Cova da Iria revoltado com tais atitudes impiedosas que magoaram a sua crença e, logo na semana seguinte, no dia 13 de março, organizaram uma procissão de desagravo em que participaram à volta de cinco mil pessoas, finalizada com uma missa campal celebrada num pequeno altar em frente da capela destruída, pedindo “perdão a Deus e a Sua Mãe” por tão bárbaras e injustificáveis ações.

A vidente Lúcia em Braga

No ano anterior, o Bispo de Leiria, Dom José Alves Correia de Silva, proporcionou, em 17 de junho de 1921, que  Lúcia, com apenas 14 anos, tivesse ingressado no asilo do Vilar, da cidade do Porto, orientado pelas irmãs Doroteias, para a retirar do seu meio onde já estava a ser muito importunada com inúmeras visitas, inúmeros pedidos de auxílio, inúmeros interrogatórios… Ali, aconselhada pelos seus superiores, mudou de nome para evitar o que se estava a passar na Cova da Iria, começando a chamar-se Maria das Dores, acautelando-se da curiosidade das religiosas e das pessoas internadas. O prelado, Dom José Alves Correia da Silva, que estava à frente da diocese de Leiria desde 5 de agosto de 1920, pediu à Sra Dona Maria Filomena Miranda, dos “Mirandas de Santo Tirso”, família da sua total confiança, para guiar, em seu nome, Lúcia a essa casa onde, por algum tempo, iria adquirir a instrução capaz de a elevar sempre mais como cristã, dando-lhe uma formação integral. Mais tarde, quis ingressar, como religiosa, na Congregação das Doroteias de quem estava a cargo o internato onde vivia. Nesse tempo, em 1926, parte para Tui, vivendo lá vários anos, pois em Portugal não eram permitidas casas de formação religiosa devido à Lei de Separação desse tempo conturbado que, felizmente, mais tarde, tudo voltou à normalidade. Em 1928, professou, como religiosa Doroteia, os seus votos, mas, em 1948, abraça a vida de Carmelita no Carmelo de S. José em Coimbra, assunto que vou tratar na crónica seguinte.

O Padre Fernando Leite, no jornal a “Voz de Fátima”, nº 1002, escreve: «A Vidente Lúcia frequentou, durante quatro anos, o Internato de Vilar, no Porto. As férias grandes eram passadas na Casa da Família Pestana, no Bom Jesus, conhecida por Quinta da Fonte Pedrinha, em Braga. No dia 26 de agosto de 1921, com 14 anos, estando com sua Mãe, em Braga, e D. José Alves Correia, Bispo de Leiria, a passar férias na sua Quinta da Formigueira, em Frossos, Braga, a Lúcia foi lá (com a sua mãe) e D. José administrou-lhe o Santo Crisma na capela da quinta.  

No memorial da Família Pestana de Vasconcelos consta que Lúcia gostava muito de apreciar e andar nos cavalos do Bom Jesus que, ainda hoje, são muito populares.» 

 “Fátima Altar do Mundo”, 3 volumes, sob a direção literária do Dr. João Ameal da Academia Portuguesa da História…

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