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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (80). A Imagem Peregrina pelo mundo

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Por Salvador Sousa

Nas crónicas anteriores, escrevi sobre as peregrinações da Imagem Taumaturga a determinadas localidades de Portugal e de Espanha, constatando-se atos de uma transcendência que nos revelam o grande Mistério Divino por tantos fenómenos presenciados por muitos milhares de fiéis. Agora, vou introduzir uma descrição, que não pode ser muito pormenorizada, da primeira Imagem Peregrina à volta do mundo. Para isso, reproduzo alguns dados históricos, já referidos anteriormente, para poder contextualizar todas as viagens que vamos ter ocasião de ler nestas minhas crónicas posteriores.

Os responsáveis pelo Santuário de Fátima, querendo preservar a imagem original da Capela das Aparições que deveria ser mais protegida e, atendendo aos inúmeros pedidos de visitas pelos devotos de todo o mundo, foram mandando esculpir, ao longo do tempo, 13 imagens peregrinas, número simbolicamente fixado, dia das Aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos de Fátima.

Segundo o historiador Dr. Daniel Duarte, diretor do Departamento de Estudos e do Museu do Santuário de Fátima, a primeira imagem peregrina foi executada pelo mesmo artista, José Ferreira Thedim que entalhou a imagem da Capela das Aparições. Antes de dar início à construção da imagem peregrina nº1, encontrou-se com a Lúcia que lhe deu indicações mais precisas sobre a Virgem de Fátima. Desta maneira, diz o historiador, Dr. Daniel Duarte, «é muito mais próxima das indicações da Lúcia do que a própria imagem da Capelinha das Aparições.»

Esta primeira imagem peregrina percorreu os Continentes, dando a volta ao mundo várias vezes. A partir do ano de 2000, dificilmente saiu da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, dando lugar às outras suas doze irmãs que, entretanto, foram esculpidas.

A imagem centenária da Capela das Aparições começou logo a ser muito solicitada para visitar várias zonas do país e do estrangeiro, saindo, como já se referiu, 12 vezes. Algumas delas acabadas de referir nas minhas últimas dissertações.

Esta primeira Imagem peregrina foi oferecida pelo Bispo de Leiria, sendo coroada no dia 13 de maio de 1947. A partir daí, percorreu diversas vezes, o mundo inteiro, transmitindo uma mensagem de paz e de amor, após o término do conflito sangrento que deixou rastos de destruição e perda de um número incalculável de vidas humanas. Dentro deste terrível contexto, o Bispo de Berlim, em 1945, propôs que uma Imagem de Nossa Senhora de Fátima percorresse todas as cidades e capitais episcopais da Europa até às portas da Rússia e, em 1947, foi iniciado o périplo por muitas dezenas de países da Europa e do mundo.

A 13 de maio de 1947, três princesas com laços muito fortes com França, Inglaterra, Itália e Portugal, Maria Pia de Saboia, Isabel de França e Mafalda de Bragança, doaram, como símbolo da paz, uma valiosa coroa com a qual foi coroada a Imagem Peregrina, um gesto muito semelhante às mulheres portuguesas que ofereceram as suas joias para engrandecerem a coroa da Imagem Centenária da Capela das Aparições pelo facto de Portugal não ter entrado no grande conflito mundial. Nesse mesmo dia, esta primeira Imagem Peregrina inicia as suas peregrinações que, posteriormente, tentarei, resumidamente, descrever.

Os responsáveis do Santuário, após mais de meio século de viagens pelo globo, começaram a pensar recolher a primeira Imagem Peregrina, tal como aconteceu com a centenária, sendo, em 2003, recolhida, no dia 8 de dezembro, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, numa coluna perto do altar-mor, na perspetiva de não sair mais, a não ser em casos muito extraordinários, sendo mandadas executar as tais 13 réplicas para que Fátima continuasse a responder a tantas solicitações de todas as partes do mundo.

Entre os dias 12 de maio de 2014 e o dia 2 de fevereiro de 2015 visitou as comunidades religiosas contemplativas de Portugal. Logo a seguir, de 13 de maio de 2015 a 13 de maio de 2016, percorreu as dioceses de Portugal como que homenageando a Virgem de Fátima no Seu centésimo aniversário das revelações, tão prodigiosas, na Cova da Iria e arredores, culminando com a 1ª Aparição no dia 13 de Maio de 1917.

Principal fonte destas crónicas: “Fátima Altar do Mundo”, 3 volumes, sob a direção literária do Dr. João Ameal da Academia Portuguesa da História…

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