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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (81): Fátima leva ao mundo o símbolo da paz

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Por Salvador de Sousa

A Imagem peregrina de Fátima inicia a sua peregrinação pela Europa e pelo mundo, após um sangrento e destruidor conflito, numa missão de paz e de luz para todas as nações. A mensagem da Virgem atravessa fronteiras, irmanando povos feridos e divididos pela guerra, alimentando-os com a sua força espiritual. Quem diria que, passado algum tempo desse pesadelo, fosse Fátima, como Altar do Mundo, através de uma simples imagem, a reconciliar mentes, fitando “o sol radiante das celestiais realidades” que Deus transmite com os Seus admiráveis prodígios.

Mais uma vez, Espanha, após percorrer o Sul de Portugal, recebe o símbolo da mensageira da paz com as palavras «Espanha a Teus Pés» que encimavam um enorme arco no limite da fronteira que o Generalíssimo Franco mandou colocar e entregar um lindo ramo de flores a Nossa Senhora.

O Governador Militar de Cáceres estendeu sobre o andor a bandeira de Espanha ao som do toque do clarim e do Hino nacional espanhol. A multidão, à medida da sua caminhada, era de uma entrega total com as suas aclamações e gritos de júbilo. O Cônsul português em Cáceres quis juntar a bandeira portuguesa à bandeira do nosso país irmão aos pés da Virgem como símbolo da irmandade entre os dois povos.

Em Valhadolid, milhares de pessoas presenciaram a chuva de flores que desciam de aviões que sobrevoavam a localidade. Em Burgos, a Sé catedral não conseguiu suportar tantos fiéis que desejavam entrar para estar o mais próximo possível da Imagem que, aos ombros do General Yagué e das autoridades locais, foi levada a passar revista aos quartéis da cidade, como a soberana da paz.

Muitos milhares de pessoas iam acompanhando o cortejo na passagem por Vitória, Bilbau, Loiola, San Sebastian, sendo aqui homenageada por alguns milhares de ciclistas e, na linda Baía, por dezenas de barcos enfeitados. Nestes locais, houve fenómenos de curas e conversões incontáveis.

A fronteira hispano-francesa de Irum, encerrada há anos devido a problema diplomáticos entre os dois países, foi aberta e tudo foi solucionado com a passagem de Nossa Senhora de Fátima. O andor da Rainha da paz e do amor, aos ombros das autoridades civis e militares de Espanha e escoltado pelo Sr. Bispo de Vitória, os Cônsules de Portugal e da Bélgica, com a admiração de todos, ultrapassa as barreiras internacionais, após estarem fechadas durante dois anos, para ser recebido pelo Sr. Bispo de Bayonne, Cabido, autoridades civis e militares, várias bandas de música e milhares de pessoas.

A meio da ponte, em 1947, mesmo na linha fronteiriça, os dois bispos, Espanhol e Francês, simbolizando o grande momento, abraçaram-se, com enorme emoção, pois estavam perante um facto heroico e prodigioso que a Mãe do Céu conseguiu interceder e o poder Divino atendeu-A. Enquanto isso acontecia, ouviram-se os hinos dos dois países, passando o andor dos ombros de oficiais espanhóis para os ombros de outros oficiais franceses banhados em lágrimas, pois tinham experimentado os tormentos da horrorosa guerra.

As cerimónias da transposição histórica das fronteiras ainda incluíram os discursos dos prelados dos dois países. O Bispo de Vitória, discursando em francês, afirmou: «…A Virgem Peregrina atravessara a Espanha, fazendo o bem, consolando tantos corações, abençoando tantas almas, operando tantas maravilhas. Terminou dizendo: Senhora, não precisais de fazer maiores milagres, pois o maior milagre é, tendo-Vos a Espanha tanto amor, deixar-Vos partir.»

De seguida, o Bispo de Bayonne também falou: «Senhora, entrais na terra de Nossa Senhora de Lurdes, donde sobe até Vós, noite e dia, um mar de súplicas e de amor. Em nome de toda a França eu Vos recebo, sentindo profundamente esta responsabilidade…Vinde, Mãe, vinde socorrer-nos. Entrai! Estais em Vossa casa. Os caminhos de França e os corações dos franceses estão abertos, de par em par, para Vos receber.»

Principal fonte destas crónicas: “Fátima Altar do Mundo”, 3 volumes, sob a direção literária do Dr. João Ameal da Academia Portuguesa da História…

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