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José Morais diz não estar «disponível para estar contra a Câmara só para agradar ao Governo» 

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O vereador do PS José Morais disse esta terça-feira que não está «disponível para estar contra a Câmara só para agradar ao Governo» socialista, respondendo a quem alegadamente, a nível interno, o acusa de ser «brando» com o executivo PSD que gere a autarquia de Vila Verde.

«Que fique claro que não estou disponível para estar contra a Câmara só para agradar ao Governo do meu partido, não estou disponível para fazer ataques gratuitos ao carácter e à honra dos meus adversários políticos e também não estou disponível para fazer política aproveitando a luta e o descontentamento dos vilaverdenses, mesmo concordando em absoluto com eles como é o caso em concreto da proliferação das lombas em Vila Verde», refere.

Num comunicado enviado às redacções, Morais dá conta de que, nos últimos dias, tem vindo a público «que existe um conjunto de militantes do Partido Socialista descontentes com a forma “branda”» como tem desempenhado a função de líder da oposição local.

«Sei que há bastante tempo, em surdina, existem alguns camaradas de partido me têm criticado por ser brando com o executivo do PSD. Para alguns, a gota de água terá sido o facto de termos votado, em sede de vereação e Assembleia Municipal, ao lado da Câmara contra uma lei do actual Governo socialista», no caso a descentralização de competências.

José Morais aponta para «três exemplos geradores de descontentamento de alguns»: «ter votado ao lado da Câmara do PSD contra uma lei do Governo PS que propõe a delegação de competências nas autarquias», «não ter atacado o executivo e o seu presidente pelos processos judiciais em que se encontram envolvidos» e «não ter tomado posição pública violenta contra a instalação das lombas em Vila Verde».

«DEFESA DA MINHA TERRA»

Morais assegura que, «sempre que estiverem em causa os interesses do concelho», tomará posição tendo em conta os interesses de Vila Verde. «Se isso implicar estar contra o meu partido estarei democraticamente contra o governo e não me importo nada com os custos políticos que isso possa acarretar», aponta.

«No caso desta lei do Governo, entendo que a posição da Câmara, de ser contra a transferência de competências é a melhor para o concelho e por isso votei ao lado da Câmara, uma vez que para o caso concreto de Vila Verde era prejudicial aceitar já a delegação de competências», refere.

Diz também não querer «fazer política com base nos ataques de carácter». «Para ataques à honra dos opositores não contem comigo. Até sentenças transitadas em julgado todos têm o direito à presunção da inocência e ao bom nome», garante, ressalvando, no entanto, que terá uma posição atenta ao cumprimento da legalidade.

No caso das lombas, «perante a indignação geral que se tem assistido contra o exagero de lombas, mal construídas e com erros grosseiros de concepção (incluindo erros técnicos)», Morais diz que entendeu «que não deveria ter uma posição pública de oportunismo político pela contestação generalizada e merecida».

«Que fique claro que sou contra a instalação destas lombas. Por isso mesmo, em reunião de Câmara apresentámos as nossas objeções e dúvidas (que ficaram lavradas em acta), assinalando as nossas perplexidades e eventuais erros técnicos das mesmas, dando oportunidade à maioria do PSD de corrigir os erros. Cavalgar publicamente a onda da contestação pública, mesmo quando justa como é o caso, não é a minha forma de fazer política», frisa.

POSICIONAMENTO À CONSIDERAÇÃO DO PARTIDO

No mesmo comunicado, o vereador refere que irá «pôr à consideração dos órgãos do partido» o seu «posicionamento estratégico quanto à forma de fazer oposição», dizendo não estar disponível «para fazer a crítica apenas pela crítica».

«Respeito a diversidade de opinião dentro do Partido Socialista. As diferentes estratégias e posturas são legítimas. Contudo, se alguém discorda da estratégia deveria dar a cara em vez de agir em surdina e apresentar as suas críticas e os seus pontos de vista em sede própria do partido», refere.

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