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Mais de um terço das vítimas de acidentes domésticos necessita de acompanhamento médico

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Mais de um terço das 26.681 pessoas que sofreram acidentes domésticos ou de lazer entre 2013 e 2015 foram internadas ou necessitaram de acompanhamento médico, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) divulgados esta sexta-feira.

Investigadores do INSA estudaram o “encaminhamento das vítimas de acidentes domésticos e de lazer em Portugal”, com base em dados das urgências dos hospitais recolhidos pelo sistema EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes entre janeiro de 2013 e Dezembro de 2015.

Em média, foram registados 24 acidentes domésticos e de lazer (ADL) por dia, num total de 26.681, refere o estudo publicado no Boletim Epidemiológico Observações, do INS.

O estudo obteve informação sobre o encaminhamento em 26.162 casos, 65% dos quais, após assistidos, tiveram alta, 24,7% foram referenciados para consulta, 5,4% tiveram necessidade de internamento hospitalar e 0,03% morreram.

“Independentemente do mecanismo da lesão subjacente ao ADL, a maioria das vítimas registadas no EVITA entre 2013 e 2015 teve alta para o exterior, sem necessidade de referenciação para seguimento posterior ou continuidade de qualquer tipo de cuidados”, refere o estudo.

No entanto, os dados revelaram que “mais de um terço das vítimas teve necessidade de continuidade de cuidados, através de consulta externa ou de internamento hospitalar”, salienta.

A referenciação do hospital para a consulta externa ou o encaminhamento para o médico assistente da vítima, é mais elevada nas mulheres (25,8%) que nos homens (23,8%). A predominância das mulheres observou-se também nas “situações mais complexas” que resultaram em Internamento (6,5%).

Em todos os grupos etários ocorreram situações de internamento hospitalar, embora numa proporção reduzida, sendo que aumenta partir do grupo etário dos 45 aos 54 anos, sendo o valor mais elevado observado no grupo com 75 e mais anos (16,5%).

O estudo constatou que acidentes provocados por “queimadura” e “esforço exagerado” foram os casos com maior necessidade de referenciação para avaliação clínica posterior (40,6% e 31,3%, respetivamente).

Observando a distribuição dos acidentes por “intoxicação” em comparação com os outros mecanismos da lesão, esta causa registou os valores mais elevados nos episódios de alta por abandono (10,9%) e nas situações com necessidade de internamento (9,0%).

“Dos ADL por queda 7,7% requereram internamento hospitalar, tendo-se verificado neste mecanismo as únicas situações de óbito reportadas por este sistema, no período em estudo”, sublinha o estudo.

Para caracterizar melhor o seguimento das vítimas, o estudo analisou as quedas, a causa mais frequente em Portugal dos acidentes, associadas aos locais onde ocorreu.

Os resultados mostram que 57,5% dos acidentes causados por queda em casa, tiveram alta para o exterior sem necessidade de qualquer referenciação, 27,4% foram referenciados para consulta, 10,1% necessitaram de internamento hospitalar e 0,1% morreram.

Revelam ainda metade dos casos de ADL ocorridos em escolas necessitaram de internamento.

Para os investigadores, “estes resultados ilustram a importância do EVITA como instrumento de monitorização dos ADL, permitindo a utilização dos resultados no apoio ao desenvolvimento ou ao reforço de medidas de prevenção”.

 

ovilaverdense@gmail.com

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