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Mais um golfinho morto em Viana do Castelo

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Foi encontrado mais um golfinho morto e com a cauda amputada numa praia de Viana do Castelo, no domingo. Segundo o Darque Kayak Clube, que tem vindo a denunciar estas situações, este é já o sexto caso desde 30 de Julho.

Segundo a mesma fonte, foram encontrados animais amputados nas praias Norte, Amorosa, Castelo do Neiva, Afife e Cabedelo.

“Infelizmente estas situações não são raras. Antes pelo contrário, é frequente encontrar-se estes animais com partes do seu corpo amputadas (barbatanas, cabeça…) ou por vezes até com partes do seu corpo mutiladas/extraídas (zona abdominal aberta, zona muscular retirada totalmente)”, relatou ao Notícias ao Minuto Sofia Silva, Science Coordinator da Sea Shepherd Portugal.

Segundo a especialista da organização internacional, as principais artes de pesca utilizadas na nossa costa, “carecem de boa selectividade”.

Isso significa que para além de capturarem o que pretendem, podem também capturar “outros organismos não pretendidos – ao que se chama “captura acidental” ou ‘bycatch’.

É o caso de golfinhos, tartarugas, baleias, entre muitos outros não tão conhecidos pela sociedade em geral, mas também cada vez mais ameaçados.

“Uma vez presos nessas artes, a sua libertação sem danos graves ou morte é quase impossível. Para libertar os animais, procurando causar o mínimo de danos nas artes de pesca, muitas vezes opta-se pela amputação de partes do corpo, o que normalmente acontece com o animal já morto”, esclarece.

Em Portugal, como no resto do mundo, Sofia Silva não tem dúvidas: situações destas estão associadas a interacções com artes de pesca. “Colocando o assunto noutra perspectiva: mundialmente, a principal causa de morte para estes animais resulta da interacção com artes de pesca. Estima-se que mais de 300.000 golfinhos e baleias morram acidentalmente por ano, no mundo”, assevera.

Para a especialista, este é um assunto sensível e até “inconveniente”, dado que somos o país da União Europeia que mais consome pescado per capita.

“Falar disto, exige reconhecer que não se pode apontar dedos sem termos outros apontados a nós mesmos”.

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