BRAGA

BRAGA -

Meio milhar de manifestantes em Braga apela ao fim do genocídio em Gaza

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Meio milhar de manifestantes desfilou este sábado, em Braga, para exigir o fim do genocídio em Gaza, onde cerca de 28 mil pessoas morreram desde o início da “agressão” de Israel, e o reconhecimento da Palestina como Estado livre e independente por Portugal.

Com palavras de ordem em português, inglês e nas duas línguas, os participantes nesta acção, integrada na Manifestação Nacional Palestina Livre, que juntou Braga, a Lisboa, Faro e Angra do Heroísmo, assumiam-se como “a voz da Palestina livre”.

‘Somos todo palestinianos/we are all palestinians’ foi uma das palavras-de-ordem escutadas ao longo do desfile que percorreu, em passo lento e com paragens, o centro da cidade.

Entre os manifestantes, contavam-se naturais do Egipto, Jordânia, Palestina (Cisjordânia), Tunísia, Paquistão e Afeganistão, além de membros do Bloque Nacionalista Galego – Assembleia de Portugal.

O que mais se ouviu que na manifestação, quer na concentração que a antecedeu, sobretudo em inglês, foi o controverso e polémico slogan ‘Desde o rio até ao mar, Palestina libertar’, por muitos visto como anti-semita, já que apela à existência um Estado palestiniano que se estenda do rio Jordão até ao mar Mediterrâneo (território que inclui o Estado de Israel), o que significa o desmantelamento do Estado judaico.

E se este slogan não fosse suficiente para marcar o tom ideológico da iniciativa, convocada por diversos colectivos do distrito bracarense, os seguintes desfaziam qualquer dúvida: ‘Sionismo é chacina’, ‘Sionismo é violência, Palestina é resistência’ ou ‘Estado sionista, Estado terrorista’.

‘Dos nazis a Israel, genocídio é cruel’ e ‘É massacre, não defesa/matar gente que está presa’ foram outras palavras-de-ordem.

MANIFESTO

Convocada por três dezenas de colectivo, a Manifestação Nacional Palestina Livre, que se realiza ainda em Lisboa, Faro e Angra do Heroísmo, apela à mobilização de “todas as pessoas solidárias com a Palestina, defensoras da paz e dos direitos humanos, para quem o sofrimento do povo palestiniano se tornou insuportável” e exige que Portugal reconheça o Estado da Palestina.

Assumindo-se como “a voz da Palestina livre”, os colectivos dirigem-se directamente ao Estado Português, para exigir que este “exerça toda a pressão internacional ao seu alcance para o cumprimento de um cessar fogo imediato, incondicional e duradouro, e para pôr fim ao bloqueio de 17 anos à Faixa de Gaza”.

E ainda para que Portugal “não contribua de maneira alguma para a escalada de agressões contra o povo palestiniano”, pondo um “fim imediato” a “qualquer colaboração militar ou logística em operações que envolvam o exército israelita”.

Os organizadores exigem que a base das Lajes e o espaço aéreo ou marítimo português não sejam postos ao serviço do esforço de guerra israelita, e o fim da participação de Portugal das operações militares no Mar Vermelho.

APELO A BOICOTES

Os promotores da manifestação nacional querem ainda que Portugal apoie tanto o caso apresentado pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça, como o caso apresentado pelo México e o Chile no Tribunal Penal Internacional contra Israel, bem como corte os laços diplomáticos com o Estado de Israel, expulsando, inclusive, o Embaixador de Israel, que “tem sido um agente de propaganda pró-genocídio”.

No manifesto é ainda exigido que o Estado Português reconheça o Estado da Palestina imediata e incondicionalmente.

ovilaverdense@gmail.com

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.