CASO DAS CONVERTIDAS:

CASO DAS CONVERTIDAS: -

Mesquita Machado negou ter querido ajudar a filha

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Alegações finais do julgamento das ‘Convertidas’ marcadas para esta segunda-feira. No caso do ex-presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, estão a cargo do advogado João Tinoco de Faria. Na primeira audiência, o ex-autarca do PS defendeu-se: “Foi pena. Perdeu-se um grande projeto para a cidade”. Onde não havia qualquer interesse pessoal ou familiar.

Foi assim que o ex-presidente da Câmara de Braga, o socialista Mesquita Machado  descreveu, no Tribunal, a sua atuação no chamado ‘negócio das Convertidas’, uma operação imobiliária de regeneração urbana em que a Câmara investiria três milhões de euros.

A acusação, extensiva a outros cinco ex-vereadores, sustenta que o ex-autarca urdiu uma estratégia – a compra de três prédios – por três milhões de euros – para tentar salvar o genro, José Pedro Castro Rodrigues, e a filha que podiam ficar sem todos os bens pessoais – incluindo uma farmácia – , por causa de dívidas de 2,6 milhões de euros ao BCP  e mais dois milhões a Manuel Duarte, um empresário da cidade.

Tese que rebateu: “nunca” a filha ou o genro lhe pediram ajuda para resolver os problemas da empresa CCR II a quem a Câmara iria comprar três propriedades – imóveis e terrenos no quarteirão das Convertidas. Bens que – sublinhou – já nada tinham a ver com a família dado que o genro passou as suas ações na CCR II ao sócio, e este, por sua vez, assumiu a dívida a Manuel Duarte.

Contra-argumentou a afirmação do MP de que a Pousada da Juventude, que pretendia construir nos prédios anexos ao antigo Convento das Convertidas, ficaria mais cara do que a que esteve prevista para ser instalada noutro Convento, o de São Francisco: “a candidatura a fundos comunitários para São Francisco nem foi aprovada”, disse.

Neste ponto, o MP sustenta que a Câmara conseguiria um financiamento de 1,5 milhões para construir a pousada no Convento de São Francisco, uma obra que estava avaliada em 1,8 milhões, só tendo o município de entrar com a diferença. Acrescenta que a construção da pousada no “quarteirão das Convertidas” implicava um investimento de sete milhões de euros. Ou seja, o erário público era prejudicado.

Mesquita Machado contrapôs, ainda, que a compra dos três prédios – que não se efetivou porque o Tribunal Administrativo anulou o negócio e devolveu o cheque – serviria, também, para a instalação de outras estruturas, da abertura ao público de jardins românticos e para um Museu da Cidade.

Garantiu que o Convento – que está em estado de decrepitude e se tornaria Museu – seria cedido à Câmara pelo Ministério da Administração Interna, conforme promessa telefónica do então ministro, o bracarense Miguel Macedo. Mas sem nada escrito, frisou o MP.

Mesquita Machado desmentiu, ainda, a alegação de que os prédios valeriam apenas 694 mil euros, – avaliação do BCP  – afirmando que o mesmo banco tinha feito uma “avaliação comercial real” de 3,9 milhões com base na qual foi constituída uma hipoteca de dois milhões. E – disse – as duas avaliações feitas por peritos chegaram aos três milhões.

COM Luís Moreira (CP 8078)

 

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.