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Mulher de Cervães vai ser julgada por maus-tratos a quatro cães

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O Tribunal de Instrução de Braga pronunciou uma mulher de Cervães que estava acusada pelo Ministério Público de quatro crimes de maus-tratos a animais de companhia. O julgamento está marcado para o início de Setembro no Tribunal Judicial de Vila Verde.

Contactado a propósito, o advogado vilaverdense João Araújo Silva disse apenas que mantém a convicção de que a sua constituinte está inocente. Argumenta, ainda, que os animais não são dela, pois eram do antigo companheiro.

«Não posso concordar com esta pronúncia», referiu.

A arguida tinha quatro cães no quintal de casa, em Cervães, aos quais não dava comida nem água, nem lhes limpava as fezes. A GNR foi lá, em Março de 2019, e teve de levar os canídeos ao médico-veterinário.

Conforme “O Vilaverdense” então noticiou, o caso foi despoletado após uma denúncia da Associação de Defesa dos Animais e do Ambiente de Vila Verde.

Uma patrulha da GNR foi ao local, à casa onde vivia a mulher, de 30 anos, natural do Luxemburgo, e onde estavam cinco cães, quatro deles «subnutridos, maltratados, com sinais de abandono, sem água nem comida, e a carecer urgentemente de tratamento veterinário».

A Guarda questionou-a, tendo esta dito que só um dos cães lhe pertencia, sendo os outros quatro de um seu ex-companheiro, que se encontrava no estrangeiro, desde Janeiro, tendo ela ficado de os alimentar.

Segundo o MP, foi esta a «versão espontânea» que apresentou à GNR, frisando que se terá comprometido com o ex-companheiro – de quem tem um filho – a alimentar bem como a tratar da higiene e da saúde dos canídeos.

A acusação acredita, com base no senso comum e nas práticas do dia-a-dia, que essa tenha sido a combinação entre os dois e daí que tenha arquivado o processo na parte que dizia respeito ao homem, até porque não foi possível interrogá-lo.

SÓ UM CÃO COMIA

A mulher só dava de comer a um dos cães, o dela. O MP diz que a arguida se alheou dos outros quatro animais, pois «não lhes dava comida nem água, não os lavava nem recolhia as fezes», e assinala que eram os vizinhos, condoídos da sorte dos bichos, que introduziam gamelas com comida e água por baixo da rede do quintal, onde viviam e dormiam ao relento.

No local, a GNR, depois de interrogar a arguida, transportou os animais ao veterinário, tendo sido constatado que estavam em grave estado de subnutrição, desidratação e com doenças várias de pele.

Um deles tinha uma lesão num dente – que vai permanecer para o resto da vida – por ter ficado com um osso preso a um pré-molar, sem que a dona tivesse tido o cuidado de o retirar.

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