OPINIÃO

OPINIÃO -

O COVID é uma onda, as alterações climáticas um tsunami

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Não quero ser alarmista, mas temos pela frente muito pior do que a pandemia provocada pelo COVID 19.

A seguir a esta pandemia outras se seguirão. Serão mais frequentes e pode mesmo acontecer que sejam mais agressivas. Daí estar bem sinalizada a necessidade de serem pensadas, a nível global, soluções que antecipem o que nos aguarda. A experiência global que estamos a vivenciar é terrível e obrigará, necessariamente, os decisores políticos a actuarem, quanto mais não seja a reboque da opinião pública.

Assim, numa leitura mais imediata, pode parecer que o grande problema com que nos depararemos no futuro são as novas pandemias.

Sim, são preocupantes. Porém, não creio que seja o pior que nos espera.

Então o que mais me preocupa relativamente às próximas décadas?

A resposta é clara: o nosso maior desafio, enquanto humanidade, é o impacto provocado pelas alterações climáticas que já estão a acontecer e, sobretudo, as que se avizinham.

Não há como fugir a esta realidade. Os sinais são muitos, estão todos aí e são inequívocos.

As mais recentes manifestações da “revolta” da natureza são as temperaturas improváveis que estão a ocorrer em vários pontos do globo. Assistimos pelo mundo inteiro a temperaturas record, considerando os últimos 100 anos: no Canadá, nos Estados Unidos, no norte da Europa (veja-se o que está a acontecer na Suécia ou na Finlândia) ou no hemisfério Sul, onde é inverno nesta altura, como seja o que vai acontecendo na Nova Zelândia.

Temos assistido a ondas de calor que nos levaram a temperaturas de 34 graus Celcius na Lapónia, ou de 49 graus Celcius no Canadá, onde morreram mais de 500 pessoas de morte súbita!

Assistimos a imagens que pareciam saídas de um qualquer filme de ficção, com o asfalto a derreter, cortes na energia elétrica…

E que dizer das imagens da seca no mundo, da fome, dos refugiados, das nuvens de fumo, dos “mares” de plástico, dos derramamentos do crude…?

E sobre a passagem de vírus do reino animal para os humanos por estarmos a invadir o seu território?

Afinal o que mais precisamos para sermos convencidos que o tempo nos está a fugir?

Há vários anos que os especialistas vêm alertando para a situação, mas a verdade é que os decisores políticos e os cidadãos não lhes têm prestado a devida atenção.

É indubitável que o planeta não aguenta a pressão que estamos a fazer sobre ele.

A nossa relação com a natureza tem, necessariamente, de sofrer uma profunda alteração. 

Ou mudamos nós esta relação a bem, ou a natureza encarregar-se-á de a mudar a mal, com consequências imprevisíveis, provavelmente aterradoras. 

Alterar este caminho depende de todos, em geral, e de cada um de nós, em particular.

Como li algures, “não é a natureza que precisa de nós, somos nós que precisamos da natureza”.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.