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O que se passa com a televisão em Portugal?

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Assiste-se, hoje, a um degradar constante daquilo que são os conteúdos transmitidos na televisão em Portugal, nomeadamente nos canais generalistas e de acesso livre. Espanto-me com a fraca qualidade, imaginação e pobreza de conteúdo de programas que vão preenchendo a grelha de programação de canais como a SIC ou a TVI, alguns deles transmitidos em horário, dito, nobre.

Essa degradação está patente, por exemplo, nos novos conteúdos na área do entretenimento, todos eles centrados, mais ou menos no mesmo, fazendo do casamento e das relações sociais humanas uma brincadeira de criança. Refiro-me a programas como: “Quem quer casar com o meu filho?”, “Quem quer namorar com o agricultor?”, “Casados à primeira vista”, “Carro do amor”, “Começar do zero”.

Pergunto-me, terá a televisão em Portugal “batido no fundo”?! Claro que na área do entretenimento televisivo há sempre programas e conteúdos que agradam mais a uns do que a outros. É difícil, como em tudo, agradar a todos! Mas estes, em qualidade, nivelam-se abaixo da mediocridade.

É por falta de imaginação daqueles que são responsáveis por trazer à luz do dia programação deste nível? É por incapacidade de avaliar aquilo que são os verdadeiros interesses dos telespectadores em Portugal? Andamos, há duas décadas, com reality shows, desde o primeiro Big Brother em Portugal, emitido no ano 2000. Importamos uma parte significativa dos programas de entretenimento e temos pouco jeito para originais.

Valha-nos, de facto, alguns programas importados do estrangeiro como o The Voice ou o Got Talent que promovem a expressividade artística ou dão-nos a oportunidade de conhecer pessoas de enormes talentos. Ou outros conteúdos disponíveis em RTP Play de muita qualidade. Nem tudo é mau na TV em Portugal!

Felizmente, ao mesmo tempo que assistimos à degradação da qualidade e interesse dos conteúdos televisivos, temos, também, maiores possibilidades de encontrar alternativas, seja na Internet, nos canais por cabo ou em plataformas como a Netflix ou HBO. Hoje há, de facto, uma forma diferente de assistirmos a conteúdos pelo ecrã, aspeto que nos diferencia do que acontecia há uns anos atrás em que as alternativas não existiam.

Era um tempo de escassez de conteúdos e de escassez de alternativas, mas, talvez, de maior qualidade da programação. Por isso, já foi tempo em que os programas e séries televisivos nos tocavam a todos. Recordo alguns, com saudosismo, como o Esquadrão Classe A, o MacGyver, Marés Vivas, o Justiceiro! Séries que marcaram a minha geração. Quem não as viu?!

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