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OMS admite transmissão da covid-19 de martas para o homem

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) admite que pelo menos três infecções por covid-19 nos Países Baixos possam ser os primeiros casos conhecidos de transmissão do novo coronavírus dos animais para o homem, tendo martas como origem do contágio.

Depois do anúncio de um primeiro causo plausível na passada semana, as autoridades holandesas consideraram “muito provável” que um segundo trabalhador de uma quinta de criação de martas nos Países Baixos tenha contraído o vírus na origem da actual pandemia através desses pequenos mamíferos.

A OMS adiantou estar em contacto com os investigadores holandeses que estão a trabalhar o caso, referindo ainda que, “até ao momento, podem existir pelo menos três casos”.

“Seriam os primeiros casos conhecidos de transmissão do animal para o homem”, adiantou o organismo em resposta à AFP.

Autoridades do país identificaram os animais infectados há três semanas em duas fazendas localizadas em Brabante, no sul dos Países Baixos, mas a notícia não chamou muita atenção. Até que nessa semana, o ministério da Agricultura emitiu um comunicado julgando plausível que os animais transmitam a covid-19 a empregados das explorações.

Nas duas fazendas em que foram identificados casos suspeitos, há mais de 20.000 martas em cativeiro. Após a descoberta, as autoridades sanitárias querem ampliar os testes de covid-19 em todas explorações martas dos Países Baixos, onde os mustelídeos são criados em razão da pelagem macia.

“Todos sabemos que no início da epidemia, em um mercado em Wuhan, o vírus teria sido transmitido de animais para humanos. Viria de morcegos, pangolins ou outros”, explicou Arjan Stegman, epidemiologista da Universidade de Utrecht, ao correspondente da RFI em Haia, Antoine Mouteau. “Mas depois, o vírus adaptou-se aos humanos e a transmissão ocorreu constantemente de humanos para humanos”, acrescentou o pesquisador.

Os cientistas compararam o código genético do vírus encontrado nas martas com o de um paciente e criaram a “árvore genealógica” para rastrear a mutação, explicou a ministra da Agricultura, Carola Schouten, em uma carta ao Parlamento.

Os resultados levaram à conclusão de que “é possível que um dos funcionários tenha sido contaminado pelas martas”, segundo Schouten.

A ministra minimizou o medo de que haja outros contágios do animal para o homem e explicou que as amostras de ar e partículas de poeira analisadas fora dos locais onde as martas são mantidas não continham traços do vírus.

O governo, no entanto, adoptou novas medidas de protecção, proibindo visitas às explorações onde houve casos de contaminação. O governo também determinou a realização de testes obrigatórios de diagnóstico em todas as criações de martas do país, onde a comercialização de peles é um tema polémico.

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