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PJ diz que população de Guimarães pode ficar descansada após detenção de violador em série

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A Polícia Judiciária (PJ) disse esta quarta-feira que a população de Guimarães pode ficar descansada, após a detenção do homem suspeito de ser o autor de várias violações cometidas nos últimos meses na zona do centro da cidade.

“Os factos circunscreveram-se a uma zona muito própria de Guimarães, por isso estão concentrados, por isso o alarme que gerou, [e] relativamente a este assunto poderemos dizer que as pessoas podem ficar sossegadas. Não quer dizer que não pode lá ocorrer outros factos, mas não será, com certeza, com esta incidência com que ocorreram nestes meses”, afirmou o diretor da PJ de Braga, em conferência de imprensa.

António Gomes deu conta de que, na segunda-feira, “na sequência de imensas diligências feitas no âmbito de vários inquéritos”, a PJ procedeu à detenção de um homem, de 33 anos, “suspeito e indiciado pela prática de vários crimes de natureza sexual e contra o património”, acrescentando que os alvos do detido eram sempre mulheres, adolescentes e jovens adultas.

“Trata-se de criminalidade violenta, com bastante gravidade, que gerou algum alarme e que finalmente conseguimos pôr cobro. Os crimes de natureza sexual em causa são atos sexuais de especial relevo, uns consumados, outros na forma tentada, e temos também crimes contra o património com a apropriação e a subtração de importâncias, de objetos e de outros equipamentos [às vítimas]”, frisou este responsável da PJ.

O diretor da PJ de Braga assume que houve “um investimento nos últimos meses muito grande neste caso”.

“Não tanto pela gravidade, há factos graves, com certeza, mas pelo número de situações e pelo alarme que estava a gerar naquela zona. O número de situações exigiu uma tomada de posição de maneira a terminarmos com estes crimes”, salientou.

Questionado sobre o número de vítimas que o arguido, residente em Guimarães, atacou, o diretor da PJ de Braga assume que, nesta fase da investigação, não é possível quantificar.

“É impossível neste momento referir um número exato, porque depende ainda de recolhas de outros elementos de prova que permitam, ou não, confirmar que se trata do mesmo autor. Temos vários crimes de natureza sexual que envolvem atos de especial relevo. Só uma investigação muito mais aprofundada poderá responder cabalmente a essa pergunta. Para já, temos vários crimes de natureza sexual, uns consumados, outros tentados, e crimes contra o património”, reiterou António Gomes.

O diretor da PJ de Braga ressalva, contudo, que, com base na análise do ‘modus operandi’, que tem características em comum, “esta indicia que poderá tratar-se do mesmo autor”, acrescentando que “já houve recolha de prova” em vários casos “que permitem indiciar fortemente este suspeito” da prática e da ligação a estes crimes.

O suspeito, “fortemente indiciado por vários crimes de natureza sexual”, está inserido socialmente, exerce a profissão de servente, e tem antecedentes criminais por crimes violentos.

O diretor da PJ de Braga não esclareceu, contudo, se o arguido já havia sido julgado ou condenado por crimes idênticos.

Quanto ao modo de atuação do detido, a violência era uma das marcas.

“Em determinada zona, após reconhecimento da zona, dos casais, das vítimas, [os ofendidos] eram abordados com bastante violência. Nuns casos usando armas brancas, noutros casos através da força física, nalguns casos subtraía dinheiro e equipamentos e, seguidamente, praticava atos sexuais de especial relevo”, referiu António Gomes.

Segundo este responsável da PJ, em causa estão factos que ocorreram sobretudo nos últimos meses, desde dezembro de 2022, até há dois dias, quando foi detido, e depois de abordar e atacar, em 22 de agosto, um casal de namorados, sendo suspeito de violar a jovem, de 21 anos.

Contudo, o diretor da PJ de Braga não descarta “uma ou outra situação” que possa ter ocorrido há mais tempo.

António Gomes sublinhou tratar-se de investigações complexas e difíceis.

“Houve recurso à videovigilância, houve informações das vítimas, colaboração muito grande das vítimas, de familiares e de amigos [das vítimas], de pessoas que se dirigem à Polícia Judiciária, quer pessoalmente, quer através de telefone, dando informações preciosas para conduzir a estes resultados. É um trabalho de todos com a colaboração de todos”, contou este responsável.

O arguido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.

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