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PJ investiga piloto e empresário de Famalicão por alegado desvio de oito milhões de fundos comunitários

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o piloto e empresário de Famalicão Miguel Campos por suspeitas de fraude e desvio de fundos comunitários, que alegadamente terão lesado o Estado em cerca de oito milhões de euros.

De acordo com o Jornal de Notícias, que avança a notícia, em causa está a empresa familiar da área têxtil Campos e Campos, sediada em Famalicão, que se encontra em processo de insolvência desde 2022.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, sem identificar a empresa em causa, a PJ refere que “realizou 11 buscas domiciliárias e não domiciliárias, no Porto, Vila Nova de Famalicão, Matosinhos e Barcelos, no âmbito de um inquérito que investiga a conduta do responsável de uma sociedade, no que toca à submissão de três candidaturas a fundos comunitários, bem como ao destino dado às verbas obtidas, ascendendo o valor dos projetos a cerca de oito milhões de euros”.

“De acordo com a investigação da PJ aos crimes de fraude e desvio de subsídios, existem fortes indícios de que empresa, a laborar na área da confeção, foi declarada insolvente em 2022, conduzindo ao despedimento de cerca de 200 trabalhadores A partir dessa data, foi gerida de forma lesiva, apurando-se que, aquando da execução dos projetos, a sociedade encontrava-se em incumprimento à Segurança Social”, adianta.

A força policial acrescenta que “a operação desenvolvida permitiu a apreensão de sete viaturas automóveis, um motociclo, um barco de recreio, bem como 170 máquinas de confeção de valor elevado que se encontravam em local fechado, visando eventualmente a sua dissipação”.

No total estiveram envolvidos cerca de 40 inspetores da PJ, incluindo ainda elementos do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) do Norte, peritos financeiros e informáticos, bem como inspetores da Autoridade Tributária, além da participação de um magistrado judicial e de 4 magistrados do Ministério Público.

“Através do GRA foram, ainda, efetuados arrestos de quatro imóveis e diversas contas bancárias. Das buscas resultou, também, a apreensão de um grande acervo documental e digital, para consolidação da prova dos factos em investigação”, conclui o comunicado.

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