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Polvo, rotundas e Covid-19 põem Esposende em estado de guerra

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O mal-estar entre a Câmara e a Associação Cidadãos de Esposende agudizou-se nas duas últimas semanas e, de polémica em polémica, transformou-se em guerra aberta. O Covid-19 está no epicentro do conflito. Mas não só. Rotundas, o polvo e a lampreia também são personagens nesta discórdia.

Depois da associação ter acusado Benjamim Pereira, presidente do município, de “não acautelar” a população num quadro da pandemia do Covid-19, e deste, em resposta, a acusar de “pressões irresponsáveis e alarmistas”, agora a Cidadãos de Esposende contra-ataca.

“Inaceitável”. É assim que associação, em nota ao PressMinho, classifica a resposta do autarca social-democrata ao comunicado onde é acusada de ao pedir um Plano de Contingência na prevenção do Covid-19 de ser “irresponsável e alarmista” e promover a “insegurança e o pânico”.

“Associação considera ser incompreensível que o presidente de uma câmara, num momento onde todos têm de ser solidários e preventivos, venha a público criticar um pedido para um plano de contingência” afirma a Cidadãos de Esposende.

Aquela entidade reafirma que “no dia 9 de Março saiu às 09h45m a primeira notícia sobre o pedido realizado pela Associação Cidadãos de Esposende; nesse dia, a essa hora, não existia qualquer medida preventiva para o Covid-19 em Esposende. As primeiras medidas surgiram quatro horas depois do nosso comunicado à imprensa”.

As medidas pedidas, refere, “eram similares às que vários concelhos aplicavam e que em Esposende não existiam”, sublinhando que o pedido a Benjamim Pereira para “intervir foi ao encontro do que outras câmaras iam fazendo em Portugal, trabalhar na prevenção”.

“Foram nove medidas pedidas pela associação na prevenção do Covid-19 em Esposende, provavelmente o desagrado seja porque ou não existiam ou a existir não estavam implementadas”, atira a associação, fundada em 2016.

“Sabemos que podemos causar incómodo, porque vamos apresentando medidas inovadoras, estamos atentos e vamos alertando para o que deve ser melhorado no concelho, mas afirmar que um pedido de plano de contingência é irresponsabilidade é algo que certamente não se adequa ao cargo que ocupa”, acusa a associação.

OS BURACOS

Na resposta à Cidadãos de Esposende, Benjamim Pereira acusava a associação de “imputar responsabilidade ao município na manutenção de vias que não são da sua responsabilidade”.

Ora, esclarece associação, “foram buracos em duas rotundas de Esposende onde pedimos a intervenção da autarquia, já que a profundidade dos mesmos causou danos em várias viaturas”.

“Sete horas depois do nosso aviso, os serviços municipais estavam a tapar os buracos”, diz, questionando: “se não era responsabilidade da câmara, porque os taparam depois do nosso aviso, ou porque não contactaram a Infraestruturas de Portugal?”.

POLVO OU LAMPREIA?

Na ‘borda’ do conflito está o “prato identitário” do concelho. A autarquia decidiu-se pelo Polvo na Pedra à Esposende’. Já num inquérito online promovido pela associação junto da população, o polvo desaparecia do ‘menu’ (15 votos), derrotado pela lampreia (1650 votos), a iguaria mais votada. O robalo aparecia em segundo lugar, com 800 votos

Sucede que Benjamim Pereira acusou a associação de criar “confusão no prato identitário de Esposende”

“Cabe esclarecer que a associação pediu a mudança do prato pela simples razão que o mesmo não alcançou os objectivos mencionados pelo presidente da Câmara aquando da sua apresentação. O prometido prato que todos iriam degustar em Esposende na realidade nem consta na maior parte dos restaurantes do concelho e nos moldes que foi apresentado”, lê-se na nota.

Dizendo que os resultados do inquérito “falam por si”, sugere: “se a câmara acha que o prato se deve manter ou lhe fica a dúvida porque não colocar um inquérito online como o que a associação colocou?”.

“Seria importante aqui o presidente da câmara explicar aos esposendenses quantos problemas foram resolvidos pela plataforma Alerta Cidadãos que a associação detém, esclarecer como a câmara municipal de Esposende teve conhecimento dos resíduos na costa onde o volume era tal que foi pedida a intervenção da Polis Litoral Norte, ou como teve conhecimento a câmara da falta de segurança nos parques infantis de Esposende e assim até 83 alertas enviados”, conclui.

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