VILA DE PRADO

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Pradense António Moreira percorre milhares de quilómetros em busca de fotos perfeitas

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Gosta de fotografar tudo o que mexe, dando especial destaque às aves. O jornal “O Vilaverdense” acompanhou, durante um dia, o fotógrafo pradense António Moreira à zona do Douro.

O dia começou cedo, bem cedo. Às 05h00, este apaixonado pela fotografia, ligava o motor da sua viatura e arrancava em direcção a Carrazeda de Ansiães, na sub-região do Douro.

Os Abelharucos, aves coloridas que gostam de comer abelhas, vindos de África, estão a chegar àquela localidade quente, para ali nidificarem, deixando Portugal quando os filhos estiverem criados e prontos para longas viagens.

O fotógrafo está ansioso por lhes apontar a lente.

As duas horas de viagem decorrem por entre uma animada conversa. Traz “à baila” os temas dos passarinhos e das fotografias.

CARRAZEDA DE ANSIÃES 

Volvidos cerca de 170 quilómetros, escolhemos parar em Carrazeda de Ansiães.

Descemos por estradas estreitas e, praticamente, sem movimento, até às vinhas das quintas, localizadas junto às margens do rio Douro.

A manhã, com algum vento, foi pouco produtiva.

Depois do almoço, bem retemperado, enfrentamos a tarde.

AMIGO BOMBEIRO

António Moreira desloca-se ali ao lado, ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães. Foi à procura de um amigo. Óscar Sousa é bombeiro e responsável pela “Asas do Tua”, uma empresa especializada na observação de aves.

Breves minutos chegaram para aquele mestre carrazedense explicar onde encontrar os pássaros desejados.

Pouco tempo depois, e após mais um pedaço de estrada percorrida, já António Moreira tinha à sua frente, pousado sobre as pedras de uma casa em ruínas, um melro azul. Foi só apontar-lhe a lente e esperar pela melhor posição.

Com o registo efectuado, estava na hora de subirmos até à zona montanhosa. Por entre plantações de macieiras e amendoeiras, fomos parar à localidade de Freixiel, no município de Vila Flor.

Perante uma paisagem de encher a alma e aliviar a mente, a ideia era fotografar o tartaranhão-caçador.

Com essa espécie a sobrevoar-nos, mas a pousar a longa distância, veio na máquina fotográfica uma toutinegra-do-mato.

ABELHARUCOS

Com ainda mais duas horas disponíveis, a ideia de Moreira foi voltar a descer até junto do Douro, na tentativa de encontrar por ali o que realmente lá o levou (e, em boa hora o fez).

Com o chamariz a dar uma ajuda, os abelharucos não tardaram a aparecer. No ar, com as suas cores garridas, faziam lembrar um arco-íris.

O fotógrafo, encoberto pela vinha, esperou até um deles se pousar.

Atirou. «Grande “tiro”», dizia ele, sorridente.

Estava na hora do regresso a Prado. Fomos falando “disto e daquilo”, com o fotógrafo já a pensar na próxima saída e nas aves que estão a chegar ao nosso país – os papa-figos.

Às 21h00, chegou a casa. Para trás ficaram quase 500 quilómetros e 16 horas de muita paciência.

Na bagagem trouxe as 4 imagens das aves conseguidas no Vale do Tua, com o Alto Douro vinhateiro ali ao pé.

São paixões que não têm preço. E António Moreira, reformado, aos 64 anos, vê em cada imagem a recompensa do seu hobby.

ovilaverdense@gmail.com

Por Emílio Costa (CO 1179)

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