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Prado recuperou o estatuto de vila há 32 anos

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Foi há 32 anos, a 20 de Junho de 1991, que Prado (Santa Maria) recuperou o estatuto de vila, passando a designar-se ‘Vila de Prado’. «Sem que se tenham dissipado todas as dúvidas acerca da efetiva perda dessa categoria, aquando da extinção do concelho de Prado, a 24 de outubro de 1855, cujas freguesias foram distribuídas pelos concelhos de Barcelos, Braga e Vila Verde», avança um post da atual junta de freguesia.

A Vila de Prado surge sobranceira na margem direita do Cávado, em terreno plano, com uma área aproximada de 5,6 km2 e 4.482 habitantes (censo de 2021).

A ponte ‘filipina’ é parte da identidade da Vila de Prado

A freguesia designava-se anteriormente Prado (Santa Maria), adoptando a designação atual aquando da elevação da sua sede, a povoação homónima de Prado, ao estatuto de vila, em 1991.

Dista seis quilómetros da sede do concelho de Vila Verde e confina a Norte com as freguesias da Lage e de Oleiros, a Leste com Soutelo, a Poente com Cabanelas e a Sul com o Rio Cávado.

Tem uma boa situação geográfica no distrito de Braga e é servida por boas vias de comunicação que a ligam à sede do distrito e do concelho, à Vila de Ponte de Lima e à cidade de Barcelos.

Fazem parte da freguesia os seguintes lugares, Ruas, Praças e Avenidas: Carvalhinhos, Rainho, Carvalhal, Fontainha, Vila, S. Sebastião, Bom Sucesso, Outeiro, Portelo, Fozelha, Negreiro, Monte, Carregosa, Lousa, Francelos, Corga, Ramalha, Eidos, Estrada, Murta, Vilar, Souto, Barreiro, Faial, Caldas, Veiguinha, Pontido, Botica, Veiga do Inso, Rua dos Penteeiros, Rua Francisco Lopes Ferraz, Rua Costa Faria, Rua Dr. Francisco António Gonçalves, Rua Antunes Lima, Largo Antunes Lima, Rua Dr. Lima Cruz, Largo Comendador Sousa Lima, Praça Comendador Sousa Lima, Rua Padre António Ferreira Peixoto, Avenida Cónego Domingos Peixoto da Costa e Silva, Rua Prof. Joaquim Peixoto da Costa, Avª. do Cávado, Av.ª do Progresso, Praceta do Progresso, Rua das Mimosas, Praceta das Mimosas.

Dos lugares acima referidos, o mais antigo é o de Francelos.

Capela de S. Tiago de Francelos

 

HISTÓRIA

De acordo com os registos históricos, as origens de Prado Santa Maria remontam ao período medieval, quando um pequeno povoado começa a se constituir na margem Norte do rio Cávado, nas imediações da atual Ponte de Prado, elo de ligação entre a cidade de Braga e as restantes localidades da região Norte de Portugal, entre elas Ponte de Lima.

Tendo sido a sede do antigo concelho do Prado, a sua importância regional torna-se reconhecida quando em 1260 recebe foral de Afonso III, que buscava reorganizar o país após o fim da guerra civil que o colocou face à face contra seu irmão e quarto rei da primeira dinastia portuguesa, Sancho II.

Antigos Paços do Concelho de Prado, agora em fase de restauro para se tornarem o futuro ‘Centro Interpretativo do Artesanato em Cerâmica’

 

Nas inquirições afonsinas de 1220, a terra ou julgado de Prado englobava um conjunto de 16 freguesias, tão vasto que abrangia todo o território até às imediações de Barcelos.

Em 1510, o nome da Vila do Prado volta a surgir na documentação régia, desta vez sendo referido no foral manuelino dirigido ao município vizinho de Pico de Regalados que abrangeu o Prado, sendo o Pelourinho desta então construído.

D. Manuel conceder-lhe-ia outra Carta de Foral, em 1510, tendo como donatários os Condes de Prado, cujo primeiro titular foi D. Pedro de Sousa, contemporâneo do duque de Bragança, D.Jaime.

O Pelourinho é a relíquia mais antiga que a Vila de Prado guarda dos tempos em que se destacava como Sede do Concelho

 

No início do século XVIII, o Prado tinha 100 vizinhos, pertencendo ao Conde do Prado, António Luís de Sousa, que nomeava dois juízes ordinários, três vereadores, um procurador, meirinho, escrivão da câmara e da almotaçaria, quatro tabeliães, meirinho do Ouvidor, Juíz dos órfãos e respectivo escrivão.

Estudos aprofundados da revolta da Maria da Fonte aludem à eclosão de uma rebelião na Vila de Prado, a 15 de abril de 1846, aquando da queima dos papéis da décima, vulgo” papeladas dos cabrais”, em virtude da ditadura férrea de Costa Cabral.

Não obstante, crê-se que foi a partir dos antigos paços do concelho de Prado, no lugar da Vila, que nessa data emergiu aquela histórica rebelião popular. Pensa-se que em consequência da referida revolta, o concelho de Prado foi extinto a 24 de outubro de 1855, juntamente com os de Penela, Vila Chã e Pico de Regalados.

Em 1855, o concelho de Prado deixa de existir para integrar o novo concelho de Vila Verde.

Após esta reforma administrativa, Prado passou a integrar o novo concelho de Vila Verde sendo as suas freguesias distribuídas por este e pelos concelhos de Barcelos e de Braga.

Prado sempre teve uma ligação estreita ao rio Cávado

 

Por iniciativa dos deputados Alberto Cerqueira de Oliveira e Amândio Santa Cruz Domingos Basto Oliveira, Prado recuperou a categoria de Vila, a 20 de junho de 1991, sem que se tenham dissipado todas as dúvidas acerca da efectiva perda dessa categoria, aquando dessa extinção do concelho.

ovilaverdense@gmail.com

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